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Ex-fisiologista vê algo errado no Flamengo, mas estatísticas não

O Flamengo vive uma fase difícil na temporada com um número excessivo de desfalques por lesão. Assim, como em vezes anteriores, aumentam as cobranças sobre os profissionais do clube que trabalham na preparação dos atletas.

Em entrevista ao Canal Fla-Choque, no Youtube, o fisiologista Alex Souto Maior, fez críticas ao trabalho da comissão técnica. Ele é Doutor e Pós doutor em Fisiologia da UFRJ e professor do mestrado e doutorado da UNISUAM (Centro Universitário Augusto Motta). Além disso, fez parte da comissão técnica do Flamengo em 2016 e 17, antes de se demitir, segundo ele, por incoerências metodologias.

Chefe do departamento médico do Flamengo, Dr. Márcio Tannure é alvo de questionamentos (Reprodução FlaTV)

Souto Maior também fez parte da equipe fundadora do Centro de Excelência em Performance do Flamengo. O CEP-Fla tornou-se referência no setor, mas com o tempo perdeu a organização inicial.

– Tem problemas principalmente técnicos de conhecimento da ciência do esporte. Apresenta significância, pra ter esse grau de lesão todo. O Flamengo sempre foi, com a ativação do CEP-Fla não tinha lesão nenhuma. A gente tinha uma, duas, três lesões no ano. E o CEP-Fla eu nunca mais escutei na mídia sobre ele, parece que desativaram ele, e isso fez vir à tona a quantidade de lesões – avaliou Souto Maior.

– E eu estou falando de um time que joga bonito, que nem faz força. É um time que sabe tocar, a qualidade dos jogadores, eles são fenomenais. Porém, está tendo alguma falha técnica dentro da preparação física, da fisiologia, do departamento médico, não sei , que ocasiona isso – completou.

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A percepção do fisiologista, entretanto, não encontra respaldo nas estatísticas. Isso porque, comparativamente, o Flamengo é apenas o oitavo entre os 20 clubes da Série A em número de lesões na temporada. O Rubro-Negro está no mesmo nível do Palmeiras e abaixo de equipes como São Paulo, Inter, Grêmio e Corinthians.

Além disso, quando se compara a situação atual com a de anos anteriores, há que se levar em consideração o número de jogos. Nos últimos três anos, o número de lesões acumuladas no início de outubro foi menor, mas também o número de jogos.

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