Após longos anos sendo motivo de chacota no futebol por conta do longo jejum, que não conseguia quebrar mesmo com uma geração de craques, a Argentina finalmente ergueu um caneco no último sábado. E foi em grande estilo. Afinal de contas, derrotou a Seleção Brasileira no Maracanã na decisão da Copa América. Mas isso pode impactar na Copa Libertadores? A resposta é sim.
Com a vitória dos Hermanos, a rivalidade entre os dois países voltou com força. Nas oitavas de final da Copa Libertadores serão três duelos que prometem pegar fogo. O São Paulo reencontra o Racing, seu oponente na fase de grupos. O Atlético-MG tem tudo para fazer um duelo épico com o Boca Juniors. Quem parece ter dado alguma sorte foi o Flamengo, que vai duelar com o Defensa Y Justicia. Mas o adversário flamenguista desbancou o Palmeiras na final da Recopa Sul-Americana.
A rivalidade entre clubes acaba sofrendo impacto direto dos confrontos entre seleções. E isso não é de hoje. Em 1993 o Peñarol não permitiu que o Botafogo treinasse no Estádio Centenário antes da final da Copa Conmebol por conta da vitória do Brasil sobre o Uruguai alguns dias antes, que tinha impedido os uruguaios de disputarem a Copa do Mundo de 1994. Por conta da mesma situação, a TV do Uruguai não cedeu as imagens do primeiro jogo da decisão aos brasileiros.
Em 2019 e em 2020 clubes brasileiros que iam jogar na Argentina sofriam com provocações da imprensa local sobre benefícios com o VAR. Consequência das queixas de Lionel Messi após a derrota da Argentina nas semifinais da Copa América de 2019.
Rivalidade é intensa
Alejandro Sabella, que morreu em 2020, admitiu alguns anos antes, em 2014, que os argentinos levam a rivalidade também para a relação entre clubes. Ele falou isso quando dirigia a seleção argentina que foi vice campeã mundial na Copa de 2014, no Brasil.
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E falou com a experiência de quem em 2009 levou o Estudiantes a conquistar a Copa Libertadores em uma decisão contra o Cruzeiro.
– Existe sim este tipo de relação. Os jogadores dos clubes acabam vivenciando um pouco a rivalidade que acontece com a seleção. Não apenas aqueles que jogam pela seleção, mas todos. O argentino é muito ligado a sua seleção. Assim estende a rivalidade. Além disso o brasileiro também é muito ligado a esta rivalidade. Mas isso é saudável – disse ele.
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Pelas palavras de Sabella é possível prever que a decisão da Copa América não vai ficar para trás nos confrontos entre Brasil e Argentina pela Copa Libertadores. São Paulo, Flamengo e Galo que esperem muita rivalidade.
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