A contratação de um novo treinador será o ponto inicial de uma reformulação no Barcelona. Entretanto, não será simples fazer uma mudança tão radical. Significa que o novo treinador ter muito trabalho pela frente, embora o nome ainda não tenha sido confirmado. O que está claro é que ele deve aprender com os erros de seus antecessores. Quem vem deve ser muito claro sobre alguns dos fatores que geraram o declínio deste Barcelona. O MAIS QUE UM JOGO cita aqui os principais.
Gerenciando Pesos Pesados
As vacas sagradas no vestiário ganharam muito peso. Isso tem sido um problema há anos, mas tornou-se algo que dificultou a tarefa do treinador, principalmente nesta última fase. Se um treinador com a história e o respeito dos torcedores do Barcelona, como aconteceu com Luis Enrique, teve problemas com esse aspecto, normal para quem vem depois encarar a mesma condição.
Prata da casa
Embora afete a todos, como está a economia do Barcelona, além da crise do coronavírus, é de se esperar uma aposta no pessoal da casa. Setién não quis dar a jogadores locais como Riqui Puig ou Ansu Fati a oportunidade que esperava, Quem chegar vai ter que encarar isso: não poderá colocá-los de lado.
Resultado imediato
Quem assumir o comando do Barcelona, terá pela frente uma situação única, extraordinária. Dificilmente terá condições de fazer a pré-temporada ideal, considerando que faltam apenas algumas semanas para o início da La Liga. No entanto, há mais um complicador.
Período eleitoral
Não bastasse o curto espaço de tempo para implantar filosofia de jogo, treinar e fazer a preparação física, o Barcelona vive um período pré-eleitoral. A previsão é de que Pep Bartomeu não permanecerá no cargo. Qual a garantia na sequência do trabalho?
Postura
Quique Setién foi um escravo das suas próprias palavras desde o dia em que assumiu o Barcelona. Quis ser firme, mas acabou se comprometendo pela própria língua. Por exemplo, garantiu que o time jogaria bem logo em sua estreia no comando, mas não foi o que aconteceu. Viveu assombrado pelas próprias palavras, pois não pôde cumprir o que prometeu. Assim, saber lidar com a gestão da imagem pública, de não falar em entrevista coletiva que depois exigirá explicações no camarim, será essencial.
A questão Messi
O novo treinador terá que lidar com a situação de Lionel Messi. O melhor jogador da história do clube está se esgotando. Embora não se tenha confirmado, esta pode ser sua última temporada do craque no Barcelona. Perdê-lo pode causar danos irreparáveis ao clube e já de cara tornar a relação com a torcida insustentável.
Poder de escolha
Nos últimos anos, tem sido comum o Barcelona contratar jogadores sem levar muito em conta os critérios do treinador. Transferências de jogadores desconhecidos, que o técnico nem sequer havia solicitado, acabaram por sair pela porta traseira. São normalmente manobras mais voltadas para o equilíbrio das contas do que para realmente contribuir com algo para a equipe. O novo treinador deve ter uma palavra e poder de escolha sobre esses assuntos.
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Reconhecer o estilo Barcelona
A perda do estilo de jogo, marca do Barcelona, tem sido gradual, mas constante. A última pá de cal foi usada por Setién, que em tese viria para recuperar o “selo Cruyff”. O francês não soube trabalhar isso. O Barcelona é um time ofensivo, de posse de bola, revolucionário. No entanto, muito se viu o time recuando ao ficar à frente do placar.
Recuperar a disciplina
Isso, no entanto, não é mais apenas para os pesos pesados as vacas sagradas. Uma mão pesada demais pode ser tão contraproducente quanto os desmandos dos jogadores fazendo o que lhes vier à cabeça. O novo Barcelona precisa de um treinador que tenha autoridade, mas que não seja autoritário.
Ritmo de treinos
Alguns jogadores reclamaram dos treinos do Barcelona nos últimos anos. Seriam muito leves, segundo eles, com sessões de baixa intensidade, nas quais os jogadores pareciam mandar.
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