O último grande ídolo da seleção argentina foi Diego Maradona. A sua morte esta semana aumenta uma lacuna que está cada vez mais complicada de ser preenchida. A história é rica em sucessores que fracassaram na missão de substituir o insubstituível. Lionel Messi atualmente é quem luta para tentar repetir parte dos feitos de Dieguito.
Desde que Maradona abandonou os gramados alguns jogadores foram tratados como possíveis substitutos do craque. Ariel Ortega, por exemplo, teve essa missão na década de 90. Disputou três Copas do Mundo, mas nunca chegou perto do que Maradona representou para a Argentina.
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O jogador certa vez falou desta pressão.
– Tratei isso sempre com naturalidade, pois era comum a mídia argentina fazer isso. Outros tiveram essa situação. Mas Maradona não pode ser substituído. Tem lugar único na história do futebol. Tratar alguém como substituto é ir para o lado do folclore – disse Ortega.
Riquelme não via pressão
Pablo Aimar e Claudio Borghi também foram lembrados algumas vezes como sucessores de Maradona. Mas a identificação com o Boca Juniors fez com que dois jogadores tivessem um nível de comparação ainda maior: o meia Juan Román Riquelme e o atacante Carlos Tevez.
– A comparação veio em vários momentos, talvez pela ligação com o Boca Juniors. Mas logicamente que sempre tratamos como algo sem muito fundamento. Jamais gerou nenhum tipo de pressão – disse Riquelme.
Messi: maior comparação com Maradona da Argentina
Mas a Argentina nunca comparou tanto um jogador com Maradona como faz com Messi. O jogador do Barcelona, entretanto, sempre sofreu com isso na Argentina. O desempenho com a camisa nacional jamais chegou perto de transformá-lo no ídolo que tanto representa para o Barcelona.
Maradona ganhou a Copa do Mundo de 1986 para a Argentina e foi vice quatro anos depois. Messi já jogou os Mundiais de 2006, 2010, 2014 e 2018. O melhor resultado foi o vice em 2014, quando sua apatia na final foi alvo de críticas.
As comparações com Maradona continuarão aparecendo e mexendo com o imaginário das promessas do futebol argentino. Mas é pouco provável acreditar que lguém um dia consiga chegar perto da idolatria do craque nos corações dos argentinos.
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