Pep Guardiola se viu em uma polêmica recente e trocou farpas (e ironias) com Javier Tebas, presidente de La Liga. O tema central da discussão é o poderio econômico dos clubes e a arrecadação e divisão dos direitos de transmissão. Por falar na cota de TV, o assunto também está quente no Brasil. A “PL do Mandante”, como ficou conhecido o projeto de lei sobre os direitos de transmissão, tramita na Câmara dos Deputados.
Os clubes brasileiros querem a alteração da legislação que indica que a transmissão de um jogo só pode ser realizada com a autorização de mandante e visitante. O desejo é que a prerrogativa seja apenas do mandante, com objetivo de que os clubes tenham mais liberdade para negociar os direitos de transmissão.
Quanto à divisão do dinheiro da TV, com a Globo, os critérios vigentes no Brasil apontam para 40% do bolo divididos igualmente para todos os clubes da Primeira Divisão, 30% de acordo com a colocação no Brasileiro e 30% de acordo com os jogos transmitidos pela emissora.
A divisão é diferente com a Turner, que tem acordo com sete clubes da Série A e transmite jogos na TV fechada: 50% do bolo divididos igualmente para os clubes, 25% de acordo com a colocação no Brasileiro e 25% de acordo com a audiência das transmissões.
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Como é lá fora
Na prática, a “PL do Mandante” igualaria o Brasil aos principais países europeus, em que a lei aponta a prerrogativa para o mandante e das ligas. Porém, há uma diferença fundamental. Aqui, a negociação é individual, enquanto que nos principais centros (Alemanha, Inglaterra, Espanha, França e Itália) a negociação é coletiva.
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Guardiola defendeu a Premier League nas críticas ao dirigente espanhol. Na Inglaterra, os direitos são do mandante. Quem negocia é a liga. A divisão lá, na transmissão doméstica, é a seguinte: 50% divididos de forma igual para os clubes, 25% de acordo com posição na tabela e 25% de acordo número de jogos transmitidos.
Na Itália, a divisão aponta para 50% divididos igualmente para os clubes da Série A, 30% por performance e 20% por presença de público a audiência da TV. Os percentuais são os mesmos na França, com 50% iguais para todos, 30% de acordo com posição no torneio e 20% de acordo com as transmissões dos jogos.
Alvo de ironias e críticas de Guardiola, a La Liga organiza a divisão do dinheiro das cotas de transmissão da seguinte forma: 50% iguais para todos, 25% de acordo com a posições nos últimos cinco anos e 25% em relação ao “público”, no estádio e em termos de audiência.
A Bundesliga anunciou mudanças a partir desta temporada. A divisão da Alemanha será assim neste primeiro momento: 53% para os clubes, 42% de acordo com desempenho, 3% para o desenvolvimento das categorias de base e 2% pelo interesse dos clubes.
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