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Erros feios de arbitragem: relembre alguns casos marcantes

A quarentena forçada pela pandemia do Coronavírus faz o torcedor recordar jogos memoráveis. Algumas emissoras de televisão, inclusive, estão exibindo algumas reprises históricas de grandes embates.

Maradona faz o gol de mão contra a Inglaterra (Foto: Arquivo Fifa)

Mas como o futebol tem muitas faces, também vale lembrar de alguns erros marcantes de arbitragem no futebol brasileiro e mundial. Alguns lances que entraram para a história pela atuação dos árbitros, que acabaram decidindo o confronto ou até mesmo o título.

Desde campeonatos estaduais a Copas do Mundo, o MQJ fez uma seleção de grandes erros de arbitragem:

Erro na contagem dos pênaltis

Time da Portuguesa campeão de 1973 (Foto: Arquivo Federação Paulista)

O sempre polêmico árbitro Armando Marques, já falecido, protagonizou uma das maiores bizarrices da história da arbitragem mundial. Foi na decisão do Campeonato Paulista de 1973. A disputa entre Santos e Portuguesa foi para os pênaltis. O Santos abriu vantagem de 2 a 0 e a Portuguesa perdeu a terceira cobrança. Então o árbitro decretou o título do Peixe e os jogadores santistas saíram comemorando.

O que os santistas e nem Armando perceberam é que a Portuguesa ainda poderia empatar a disputa. Oto Glória, técnico da Lusa, notou o erro e mandou seu time ir embora do Morumbi mesmo sem tomar banho, com uniforme e tudo. Ao ser avisado da situação, Armando Marques mandou que os times voltassem, mas o plantel da Lusa já estava longe do estádio. Assim, uma decisão do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo decretou que o título fosse dividido entre os dois clubes.

La Mano de Dios

Nas quartas de final da Copa do Mundo de 1986, no México, a Argentina derrotou a Inglaterra por 2 a 1. Porém, um lance acabou sendo decisivo. Maradona dividiu no ar uma bola com o goleiro Peter Shilton e acabou empurrando a bola para o fundo da rede com a mão. O árbitro tunisiano Ali Bin Nasser não percebeu e validou o lance, que ficou conhecido como La Mano de Dios.

Curiosamente, na Copa do Mundo de 1990 Maradona voltou a usar a mão. Dessa vez para impedir um gol da União Soviética na primeira fase. Novamente a esperteza do craque argentino passou sem ser percebida pela arbitragem.

O braço de Deus

A Argentina dessa vez foi a vítima. O Brasil perdia o jogo pelas quartas de final da Copa América de 1995. O placar marcava 2 a 1 para os argentinos, quando Túlio Maravilha foi lançado na área, ajeitou a bola com o braço e deslocou o goleiro com um toque oportunista. O árbitro ignorou o braço e deu o gol. A disputa foi para os pênaltis e os canarinhos avançaram. Na entrevista coletiva após o jogo, Túlio ironizou dizendo que foi o braço de Deus ao responder uma pergunta de um jornalista argentino. A ironia foi mal recebida e a coletiva quase acabou em pancadaria.

Gol e expulsão injustas

Na decisão do Campeonato Carioca de 2007 o atacante Dodô, nos acréscimos do segundo tempo, fez o gol que daria a vitória e o título ao Botafogo. O clássico estava empatado por 2 a 2 com o Flamengo. O artilheiro ganhou na corrida dos zagueiros e chutou para vencer o goleiro Bruno, que parecia ter desistido da jogada após ouvir o apito do árbitro Djalma Beltrami. Por Dodô ter chutado a bola, e já ter cartão vermelho, acabou expulso. O Botafogo foi duplamente injustiçado, já que teve um gol mal anulado e ainda viu seu artilheiro, e possível batedor de pênaltis, expulso. O Flamengo conquistou o caneco nas penalidades.

A bandeirinha polêmica

O Botafogo voltaria a ser duplamente injustiçado em um mesmo jogo em 2007. No caso era a semifinal da Copa do Brasil e o time precisava vencer o Figueirense por três gols de diferença no Maracanã para chegar à final. A auxiliar era Ana Paula de Oliveira. Ela anulou de forma equivocada dois gols do Glorioso, que venceu por 3 a 1, mas acabou eliminado por conta do gol qualificado como visitante. Na ida o Figueirense tinha ganho por 2 a 0 em Santa Catarina.

O “fim” do Bangu

Para muitos o declínio do Bangu deve ser colocado nas costas de José Roberto Wright. Isso porque o árbitro teve papel determinante na perda do título por parte do Bangu na última boa campanha do time da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os banguenses foram derrotados pelo Fluminense na final do Campeonato Carioca de 1985.

Naquele jogo, no último lance Cláudio Adão, artilheiro do Bangu, foi lançado na área e derrubado pelo zagueiro Vica. Porém, Wright ignorou a penalidade e acabou a partida, dando o caneco ao Fluminense.

Show de expulsões na Libertadores

José Roberto Wright voltou a ter seu nome ligado a uma polêmica em 1981. Flamengo e Atlético-MG decidiam em um jogo-desempate em Goiás quem seguiria na Copa Libertadores. O árbitro teve uma atuação desastrosa em camnpo e para muitos foi determinante para a classificação dos flamenguistas.

José Roberto Wright expulsou quase todo o time do Galo, incluindo o principal destaque do time: Reinaldo. A diretoria do Atlético chegou a invadir o campo para agredir o árbitro e pedir que seu time deixasse o gramado.

França se classifica na mão grande

A França se classificou para a Copa do Mundo de 2010 graças a um gol irregular. Na repescagem européia a equipe perdia de 1 a 0 para a Irlanda, quando Henry ajeitou com a mão a bola para que fosse anotado o gol de empate dos franceses.

Título com gol impedido

O Campeonato Carioca de 2014 foi decidido nos acréscimos do segundo tempo. O volante Márcio Araújo fez o gol que deu o título ao Flamengo. O vasco foi o vice. Porém, até hoje os cruz-maltinos reclama, com razão, do impedimento do volante do time da Gávea na hora do gol.

Festival de erros na final

No Brasileiro de 1995 o Botafogo conquistou o caneco ao garantir empate com o Santos no Pacaembu. Naquela ocasião, porém, o árbitro Márcio Resende de Freitas teve atuação horrorosa e errou em três lances capitais. Os dois gols do empate por 1 a 1 foram irregulares graças a um impedimento de Túlio no tento alvinegro e a uma ajeitada com a mão no gol santsita. Além disso, o peixe teve um gol mal anulado já que Camaducaia não estava impedido ao cabecear a bola em lance que poderia ter mudado a história da final.

Quatro anos depois, na final da Copa do Brasil, Márcio Resende de Freitas voltou a errar em um jogo decisivo do Botafogo. Porém, dessa vez o prejudicado foi o Glorioso, que teve dois gols anulados contra o Juventude

Márcio Resende se despede da Fifa em grande estilo

Márcio Resende de Freitas apitou seu último jogo como árbitro da Fifa no Brasileirão de 2005. E acabou tendo papel decisivo no título. Corinthians e Inter disputavam ponto a ponto o caneco, quando ele expulsou Tinga, do Colorado, em um confronto entre os dois no Pacaembu. O jogador do Inter foi derrubado na área por Fábio Costa. Além de ignorar a penalidade, o árbitro expulsou Tinga por suposta simulação. O Inter nunca respeito o resultado final daquele Brasileirão, vencido pelo Corinthians.

Mais polêmicas em Copas do Mundo

Alemanha x Inglaterra em Copas do Mundo

Alemanha e Inglaterra se encontraram algumas vezes em competições internacionais. Em duas Copas do Mundo lances parecidos entraram para a história. Na grande decisão de 1966, os britânicos marcaram o chamado “o gol fantasma da Inglaterra”. Um chute de Hurts de fora da área fez a bola bater na trave e quicar perto da linha do gol. Porém, o árbitro anotou erradamente o tento. O jogo estava na prorrogação e empatado por 2 a 2. Os britânicos acabaram ganhando por 4 a 2.

Já na Copa do Mundo de 2010, Lampard fez um gol de fora da área. Ele chutou, a bola bateu no travessão e entrou. Mas o trio de arbitragem não deu o gol alegando que a bola não havia entrado. Apesar disso, os ingleses pouco podem reclamar, pois perderam aquele duelo das quartas de final por 4 a 1.

Coréia do Sul com ajuda do apito

A Coréia do Sul só conseguiu chegar às semifinais da Copa do Mundo de 2002 graças ao apito amigo. Nas oitavas de final contra a Itália, os italianos tiveram um gol muito mal anulado.

Apesar disso o que mais chamou a atenção foi o empate com a Espanha nas quartas de final. Além de um gol anulado da Espanha que ninguém até hoje entendeu na prorrogação, ele invalidou um tento dos espanhóis no tempo normal. Nas cobranças de pênalti, ignorou aos adiantamentos do arqueiro asiático.

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