A relação entre João Félix e Diego Simeone descambou, aparentemente a um ponto sem retorno no Atlético de Madrid. O atacante português, de 22 anos, amarga a reserva e não se conforma com isso. A ponto de anunciar seu desejo de partir, deixar o clube já na próxima janela de transferências da Europa, em janeiro. O técnico Simeone, por sua vez, mantém-se inabalado e diz que o jogador precisa estar bem para estar em campo. João Félix correu atrás da ajuda de um terapeuta para suportar a situação.
No meio do futebol é preciso ser duro para enfrentar a pressão. Mais ou menos assim funciona a percepção de Simeone, ex-jogador de raízes fortemente cravadas na Argentina. Quando jogador, era símbolo de dureza em campo, uma espécie de Dunga do tango. João Félix, por sua vez, é um jovem talento europeu, formado no Benfica. Uma personalidade mais para a linha Kaká, por assim dizer.
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Talvez seja esse o ponto de cisão entre técnico e jogador, que está causando uma crise velada no Atlético de Madrid. Simeone cobra mais empenho e vontade de João Félix, algo que justifique a cobrança que o jogador faz para estar em campo. O jovem, por sua vez, não entende esse discurso e quer apenas atuar não só para servir ao clube, mas também a fim de chegar à Copa do Mundo tinindo com a seleção de Portugal.
Sem o ajuste entre os dois, perdem o Atlético de Madrid, Simeone e João Félix. O primeiro em razão de um vestiário tumultuado, na hora em que precisa reagir sobretudo no campeonato espanhol, pois há chances de subir na tabela de classificação. Já o técnico deixa de contar com um valoroso jogador, em nível mundial, que muito poderia colaborar com o time, desde que a cabeça esteja boa. João Félix, por sua vez, sofre longe dos gramados e vive uma angústia que pode redefinir seu modo de pensar profissionalmente.
Significa que a situação chegou a um ponto em que só há uma saída. Ela está em uma janela que se abrirá em janeiro próximo, com a eventual mudança de clube para o jogador. A esse ponto, não importará saber quem perdeu mais.
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