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Chapéu? Relembre quando um clube ‘roubou’ um jogador do rival

Quando um clube ganha do outro dentro de campo a galera faz festa. Mas existem vitórias fora das quatro linhas. São as chamadas pernadas ou chapéus. Isso acontece quando um clube “rouba” um jogador do outrou ou que está indo para o rival.

O futebol brasileiro é rico nessas pernadas. Ou melhor, é rico em ver um clube dando chapéu no outro. Alguns casos ficaram famosos, como os de Alan Kardec, Fernando Macaé e Willian Arão.

Em tempos de pandemia do Coronavírus, o MQJ volta ao passado para relembrar algumas dessas situações:

Alan Kardec

Alan Kardec treinando no São Paulo (Foto: Instagram)

Emn 2014 o Palmeiras acertou com o artilheiro Alan Kardec. Tudo certo para o jogador defender o Palmeiras. Mas faltou avisar ao São Paulo, que deu uma pernada no rival e ficou com o artilheiro.

Ganso

Revelado pelo Santos, Ganso foi para o São Paulo cercado de polêmica (Foto: Ricardo Saibun/Santos)

Ídolo do Santos, Paulo Henrique Ganso saiu brigado com a diretoria e foi jogar no São Paulo. Passou a ser hostilizado pelos santistas.

Rincón

Rincón sempre foi polêmico (Foto: Instagram)

O colombiano Rincón tinha o amor da torcida do Corinthians. Porém, acabou optando em ir jogar no Santos no começo deste século.

Ricardinho

Ricardinho representou o Corinthians em 2006 (Arquivo CBF)

Ricardinho é identificado com o Corinthians (Arquivo CBF)

Ídolo da Fiel, o pentacampeão Ricardinho trocou de camisa e foi para o São Paulo em um momento onde todos apostavam que ele ficaria no Parque São Jorge.

Cafu

Cafu deixou o São Paulo (Foto: Instagram)

Uma pernada com direito a laranja aconteceu em 1994. O São Paulo vendeu Cafu para o Zaragoza da Espanha e colocou uma clausula que dizia que o jogador não poderia voltar diretamente para um clube paulista. A ideia era impedir que acontecesse o mesmo que houve quando o zagueiro Antônio Carlos voltou do exterior para o Verdão pouco depois de deixar o Morumbi. Porém, o Palmeiras usou o Juventude, ambos eram patrocinados pela Parmalat, para contratar Cafu.

Bebeto

Bebeto gerou polêmica com a troca (Foto: Reprodução Placar)

Um chapéu que entrou para a história do futebol. No fim da década de 80 o atacante Bebeto brilhava com a camisa do Flamengo, porém, fora de campo seu empresário penava para conseguir prorrogar o contrato, já que os valores oferecidos eram considerados baixos em relação ao talento do atleta.

Naquela época um clube só podia tirar o jogador de outro, sem acordo, se pagasse o valor de seu passe, que era fixado na federação de origem, no caso em questão, a do Rio de Janeiro.

Como o valor do passe de Bebeto era alto, os dirigentes do Flamengo pareciam tranquilos e cientes de que o jogador iria ceder à proposta. O que ninguém esperava é que o Vasco entraria no circuito, pagaria pelo passe e levaria o jogador para brilhar em São Januário.

O episódio na época chegou a ser registrado na Polícia, com Bebeto sofrendo ameaça de morte por parte de torcedores do Flamengo.

Leandro Amaral

Caso Leandro Amaral foi parar na Justiça (Foto: Divulgação)

O atacante Leandro Amaral vinha jogando muita bola pelo Vasco em 2007, mas quando o ano acabou não quis aceitar a cláusula de renovação automática de contrato. O motivo: uma transferência para o Fluminense, concretizada em janeiro de 2008. O caso porém estava longe de terminar.

O Vasco decidiu entrar na Justiça para fazer prevalecer a cláusula e os tribunais entenderam que o jogador teria que voltar para São Januário, o que de fato aconteceu mesmo com a tentativa do Fluminense de negociar a compra dos direitos federativos do atleta.

Fernando Macaé

Fernando Macaé acertou com o Flamengo de manhã e à tarde assinou com o Botafogo (Divulgação)

Macaé acertou com Fla de manhã e à tarde assinou com o Botafogo (Foto: Arquivo JS)

Fernando Macaé representou um dos maiores chapéus da história do futebol brasileiro. O atacante era destaque do Bangu quando o Flamengo acertou a sua contratação. O apresentou pela manhã na Gávea com direito a vestir a camisa. Na hora do almoço ele passou em casa antes de seguir para assinar oficialmente o contrato. Em sua casa uma surpresa: Emil Pinheiro, então vice-presidente de futebol do Botafogo, o esperava com flores para a esposa e um contrato na mão com o triplo do que ele receberia no Flamengo. O Botafogo tinha pago seu passe na federação. Resultado, Fernando Macaé foi defender o Botafogo.

Carlos Alberto Dias

Carlos Alberto Dias em ação pelo Botafogo (Foto: Arquivo JS)

Em 1990 o Flamengo chegou a providenciar a viagem para que Carlos Alberto Dias deixasse o Paraná para chegar ao Rio de Janeiro e acertar com o clube carioca. Porém, quem esperou o apoiador no aeroporto foi Emil Pinheiro, então vice-presidente de futebol do Botafogo. Resultado foi que Dias decidiu jogar no Botafogo e ainda estreou fazendo gol diante do Flamengo no Maracanã em um triunfo alvinegro: 2 a 1.

Renato e Bujica

Renato Gaúcho posa ao lado de Emil Pinheiro (Divulgação)

Renato Gaúcho posa ao lado de Emil Pinheiro (Foto: Divulgação)

Chapéu em dose dupla? Foi o que aconteceu e adivinha quem levou: o Flamengo. Sabe o autor: Emil Pinheiro. Em 1991, aproveitando o clima de insatisfação dos dois jogadores com o Rubro-Negro o dirigente conseguiu convencer ambos a defender o Glorioso.

A estreia deles foi justamente no Maracanã e no clássico entre os dois clubes, que terminou empatado sem gols. As provocações na arquibancada entre as duas torcidas davam a tônica de que chapéu era coisa séria. Os rubro-negros cantavam: “você pagou com ingratidão…”. Do outro lado a resposta pornográfica: “É sem Renato, é sem Bujica, o Flamengo vai sentar na minha p.. ”

Clayton

Clayton foi um chapéu que o Flamengo deu no Botafogo (Divulgação)

Clayton foi um chapéu que o Flamengo deu no Botafogo (Foto: Divulgação)

Mas não é só o Flamengo que leva chapéu do Botafogo. O contrário acontece. Em 2006, após se destacar pelo Glorioso, o volante Clayton, que teoricamente renovaria contrato com o clube alvinegro, foi levado para o Flamengo pelo então presidente Márcio Braga.

Willian Arão

Willian Arão em ação pelo Flamengo (Foto: Divulgação)

Outro exemplo de chapéu do Flamengo no Botafogo foi William Arão. O Botafogo tentou exercer o direito de renovação de contrato do jogador no fim de 2015 e depositou por duas vezes R$ 400 mil na conta do jogador, que devolveu o dinheiro. Ele já estava apalavrado com o Flamengo. Porém o chapéu dessa vez custou caro para o jogador. Arão foi condenado a pagar mais de R$ 4 milhões de indenização ao Botafogo.

Diego Souza

Diego Souza na apresentação (Foto: Twitter)

Revelado nas categorias de base do Fluminense, Diego Souza, hoje ídolo no Sport, já foi pivô de um chapéu histórico. Tratado como joia nas Laranjeiras, o jogador resolveu trocar de ares em 2005.

Negociado com o Benfica, em uma transação para muitos esquisita, ele não durou nem uma semana no clube português. Em uma ponte, foi apresentado poucos dias depois pelo Flamengo.

– Sempre fui Flamengo, tanto que tentei começar na Gávea – disse o jogador, na época. Hoje, com a camisa do Sport, provoca os flamenguistas usando a camisa do título de 1987.

Roger

Roger - Botafogo

Roger comemora pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

O Flamengo não é a única vítima do Botafogo quando o assunto é chapéu. Em 2016 o clube carioca acertou com o atacante Roger quando o mesmo ainda tinha contrato com a Ponte Preta. A Macaca, que vinha tratando da renovação, ficou tão irritada que afastou o jogador do elenco.

Wellington Silva

Wellington Silva quis pensar alto (Foto: Divulgação)

O Flamengo levou um chapéu do Fluminense em 2013. O lateral-direito Wellington Silva, que vinha negociando a renovação de contrato, decidiu aceitar a proposta maior do Fluminense e ainda saiu ironizando o Rubro-Negro: “Todo jogador tem que pensar grande”.

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