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Argentina, Peru, clima político… Brasil revive passado na Copa América

Em uma Copa América marcada por disputas políticas, o Brasil revive um passado que não chega a trazer grandes lembranças. Peru e Argentina voltam a ser pedras no caminho da Seleção Brasileira em um torneio sob forte clima político.

No Brasil de hoje a decisão do país de receber a Copa América gerou revolta. Os opositores do presidente Jair Bolsonaro se revoltaram e o tema foi parar na CPI da Covid e até no Supremo Tribunal Federal (STF). Para alguns uma conquista do título canarinho poderia reforçar o Governo. Há quem torça contra o Brasil, como foi colocado em algumas manifestações no fim de semana. Assim voltamos ao ano de 1979.

Peru é acusado de entregar o jogo para a Argentina (Divulgação)

Peru é acusado de entregar o jogo para a Argentina. Mas não há provas (Divulgação)

Naquele ano a Argentina recebeu a Copa do Mundo e todos apostavam que um título da seleção local reforçaria a ditadura militar. Os dirigentes locais pelo visto pensavam parecidos e mexeram todos os pauzinhos para que isso acontecesse.

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Na fase semifinal, após empate sem gols entre Brasil e Argentina, a vaga na final seria decidida em uma rodada final de quadrangular. Os brasileiros pegaram a Polônia. E os argentinos duelaram com o Peru.

Argentina goleou de forma suspeita

Coutinho comandou a Seleção Brasileira em 1978 (Foto: Arquivo pessoal)

Os jogos teriam que ser no mesmo horário. Entretanto, uma manobra da política argentina fez o Brasil jogar primeiro. Os brasileiros ganharam por 3 a 1. Assim o Brasil só perderia a vaga se a Argentina aplicasse uma goleada histórica no Peru. Em um jogo marcado por suspeitas de entrega de resultado, os argentinos golearam por 6 a 0. O arqueiro Ramón Quiroga, argentino naturalizado peruano, falhou em alguns lances.

– Após aquele jogo, na Europa, convivi com jogadores peruanos. Todos nós sabemos que aquele resultado não foi normal – disse o ex-atacante Gil, da Seleção Brasileira.

A Argentina chegaria a final e conquistaria o título. O Brasil deixaria a disputa de forma invicta. Assim ficou conhecido como “campeão moral”.

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Voltamos a 2021. O Brasil não vive uma ditadura, mas a política está em clima de guerra. O Governo do Brasil não vai interferir em campo. Mas os duelos de semifinais fazem relembrar aquele episódio. Nesta segunda-feira o Brasil pega o Peru no Rio de Janeiro. Passando pode fazer a final contra a Argentina, que duela nesta terça-feira com a Colômbia.

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