Está dada a largada para a era Rogério Ceni no Flamengo. Escolhido para o lugar do demitido Domènec Torrent, Ceni será o último técnico da década (de 2011 até o fim de 2020) rubro-negra, um período em que o Fla teve 18 treinadores diferentes, sendo que dois deles comandaram o time em duas passagens. A lista não conta com interinos.
Foi uma década com muitas trocas de comando e também com um técnico que se eternizou na história rubro-negra: Jorge Jesus. De 2011 para cá, apenas três técnicos “duraram” mais do que um ano: Luxemburgo, Zé Ricardo e Jesus.
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Na atual década, o Flamengo teve três técnicos estrangeiros. Além disso, contratou “medalhões” cercados de expectativas e também apostou em jovens treinadores. Com contrato até o fim de 2021, Ceni fecha a atual década e vai abrir a próxima, no maior desafio da carreira à beira do gramado e com o objetivo de ser tão vencedor como na época em que foi goleiro.
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Os técnicos do Flamengo na década
Vanderlei Luxemburgo
Luxa chegou ao clube na reta final de 2010. Em 2011, viu o Flamengo montar um time com Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves & Cia. Conquistou o Campeonato Carioca e levou o clube à Libertadores com a quarta colocação do Brasileiro. Em 2012, teve atritos com R-10 e foi demitido.
Joel Santana
Foi contratado no início de 2012 e acumulou eliminação na fase de grupos da Libertadores e no Carioca. Iniciou o Brasileiro, mas, com campanha irregular, deixou o clube.
A 1ª passagem de Dorival Júnior pelo Flamengo
Foi o último técnico da gestão Patricia Amorim. Com ele, o Flamengo terminou o Brasileiro de 2012 na 11ª colocação. Dorival iniciou 2013, mas saiu no início do ano. O contrato previa um reajuste salarial que a direção, já sob responsabilidade de Eduardo Bandeira de Mello, não consumou por querer cortar gastos.
Jorginho
Primeiro técnico contratado na era Bandeira de Mello. Não durou muito – de março a junho. O Flamengo ficou fora da briga pelo título carioca e oscilava no Brasileirão.
Mano Menezes e expectativa alta no Flamengo
Chegou cercado de expectativa e para um trabalho de médio a longo prazo. Não foi a realidade. Mano Menezes pediu demissão após um pouco mais de três meses de trabalho. Ele alegou que não estava conseguindo passar para o grupo o que pensava de futebol. Comandou o time por 22 jogos, com nove vitórias, seis empates e sete derrotas.
Jayme de Almeida
Começa como interino e é efetivado. Com Jayme, o Flamengo conquistou a Copa do Brasil de 2013. No ano seguinte, ganhou o Carioca. Porém, a eliminação na fase de grupos da Libertadores e o começo irregular no Brasileiro pesaram para a demissão.
Ney Franco
Sete jogos e nem sequer uma vitória. Este foi o retrospecto de Ney Franco em 2014. Sem conseguir vencer, ele não durou muito no Flamengo naquela ocasião – apenas dois meses.
Vanderlei Luxemburgo volta ao Flamengo
Voltou para tirar o Flamengo da “zona da confusão”, termo criado por ele para se referir à briga para se distanciar da zona de rebaixamento. Conseguiu. O Fla foi o 10º colocado no Brasileiro e semifinalista na Copa do Brasil. Em 2015, Luxa foi eliminado do Carioca e não começou bem o Brasileirão, sendo demitido.
Cristóvão Borges
Comandou o Flamengo por 18 jogos (oito vitórias, um empate e nove derrotas). O time não engrenou. Cristóvão não resistiu à derrota para o Vasco, pela Copa do Brasil.
Oswaldo de Oliveira
Emplacou seis vitórias seguidas pelo Brasileiro e levou o Flamengo ao G-4. Porém, o desempenho caiu e o time perdeu posições. Incomodado com as notícias de que o Rubro-Negro procurava outro técnico para 2016, Oswaldo se reuniu com a diretoria e, em comum acordo, acertou a saída do clube.
Muricy Ramalho não dá certo no Flamengo
A expectativa era enorme. Porém, Muricy não deu certo no Flamengo. O técnico acumulou três eliminações em sequência (pela Primeira Liga, Carioca e Copa do Brasil). Deixou o clube devido a um problema de saúde no começo do Brasileirão de 2016.
Zé Ricardo
O Flamengo buscou na base o substituto de Muricy. Primeiramente como interino, Zé Ricardo foi efetivado ao longo de 2016 e levou o Flamengo à terceira colocação do Brasileiro. Em 2017, foi campeão carioca. Porém, caiu na fase de grupos da Libertadores. Foi mantido no cargo, mas o time não emplacava, sendo demitido em agosto.
Rueda, primeiro gringo no Flamengo na década
Primeiro técnico estrangeiro do Flamengo na década, o colombiano levou o time a duas finais, mas perdeu as duas (Copa do Brasil e Sul-Americana). O Fla contava com Rueda para 2018, mas ele acertou com a seleção do Chile e deixou o clube.
Paulo César Carpegiani
Solução encontrada para o lugar de Rueda. Carpegiani voltaria ao Flamengo como coordenador, mas foi para a função de técnico com a saída do colombiano. Não durou muito. Após a eliminação para o Botafogo, pelo Carioca, a direção reformulou o futebol – o diretor-executivo Rodrigo Caetano também foi demitido.
Maurício Barbieri
Era auxiliar de Carpegiani, na comissão fixa do clube, e foi efetivado. O Fla de Barbieri chegou a liderar o Brasileiro, mas perdeu fôlego e desempenho após a parada para a Copa do Mundo. Caiu nas oitavas de final da Libertadores, não manteve a ponta no Brasileirão e foi eliminado para o Corinthians na Copa do Brasil. Resultado: Barbieri fora.
Dorival Júnior de volta ao Flamengo
Aceitou a missão de comandar o Fla nos 12 jogos que faltavam em 2018. Ano de eleição no clube, Dorival sabia que a permanência em 2019 era improvável. Em campo, foi vice-campeão brasileiro.
Abel Braga
Foi o primeiro técnico da era Rodolfo Landim. Abel, de cara, enfrentou resistência por parte da torcida. Foi campeão carioca e classificou o Fla na Libertadores, mas o desempenho em campo não era o esperado. O técnico se antecipou ao ver que a diretoria pensava em um novo nome e pediu demissão.
Jorge Jesus, eternizado no Flamengo
O português entrou para a história do Flamengo e deixou uma legião de torcedores saudosos. Com o Mister, o time deslanchou e conquistou a Libertadores e o Brasileiro em 2019. Neste ano, mais títulos: Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil e Carioca. Renovou com o Fla, mas deixou o clube para ir para o Benfica.
Domènec Torrent
O Fla viajou para a Europa e, após reuniões com técnicos avaliados, escolheu Dome, ex-auxiliar de Guardiola. A demissão aconteceu um pouco mais de três meses de trabalho. Os problemas defensivos e as goleadas minaram o trabalho de Domènec: demissão após 26 jogos ao todo.
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