O Flamengo tem grandes goleiros em sua galeria de arqueiros. Entretanto, poucos foram tão identificados com a camisa flamenguista quanto Zé Carlos, o Zé Grandão. Ele foi titular do gol rubro-negro entre 1986 e 1991. Antes disso, ficou dois anos no banco de reservas.
O MQJ Memória de hoje relembra a carreira deste grande jogador, que tem a sua importância reconhecida por ídolos como Zico.
– O Zé Carlos era um exemplo de profissionalismo. Um grande jogador, amigo de todos, e que tinha muito talento. Transmitia segurança para a nossa equipe em campo. Um companheiro com capacidade de organizar a defesa. Mas nos deixou muito cedo – disse Zico.
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Triste lembrança: técnicos que fracassaram no Flamengo
Zé Carlos iniciou a sua carreira no Americano de Campos. Em 1984 foi negociado com o Rio Branco do Espírito Santo, onde acabou chamando a atenção do Flamengo. Foi contratado para compor o elenco e permaneceu entre os reservas até 1986. Naquela ano foi importante na conquista do título carioca.
Zé Carlos virou ídolo a partir de 1987
Apesar do título de 1986, Zé Carlos começou a virar ídolo do Flamengo a partir de 1987. Conquistou a Copa União de 1987 tendo algumas atuações memoráveis, como nas semifinais contra o Atlético-MG e na decisão diante do Internacional.
– Essa competição foi marcante por tudo o que enfrentamos. O Flamengo tinha um timaço, mas o favoritismo estava com o Atlético Mineiro, que tinha feito uma grande campanha. Entretanto, quando passamos por eles nas semifinais, com todo respeito ao Internacional, sabia que o título viria – relembrou Zé Carlos.
Em 1988 Zé Carlos viveu um momento marcante. Naquele ano o Campeonato Brasileiro era disputado com um regulamento diferente. Os jogos que terminavam empatados no tempo normal seriam disputados nos pênaltis. Contra o Grêmio, no Maracanã, o jogo foi para as penalidades e Zé Carlos garantiu o triunfo com duas defesas. Além disso, tinha brilhante durante o 0 a 0 do tempo regulamentar. A torcida em peso gritava: “Rei, rei, rei, Zé Carlos é nosso rei”.
O goleiro ainda ganharia a Copa do Brasil de 1990 e o Campeonato Carioca de 1991 pelo Flamengo. Voltou ao clube em 1996 para também ser campeão carioca. Entretanto, deixou o Rubro-Negro um ano depois após ter falhado na final da Copa do Brasil contra o Grêmio.
Seleção Brasileira tem Zé Carlos na história
Zé Carlos também defendeu a camisa da Seleção Brasileira. Em 1988 fez parte do plantel que ficou com a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1988. Um ano depois foi reserva na conquista da Copa América e titular em algumas partidas das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1990.
Zé Carlos, que tinha trabalhado com Sebastião Lazaroni no Flamengo, foi convocado pelo treinador para a Copa do Mundo de 1990, na Itália. Ficou na reserva de Taffarel.
– Disputar uma Copa do Mundo era um sonho e consegui realizá-lo. Mas infelizmente não ganhamos – disse Zé Grandão, apelido carinhoso que ganhou dos companheiros de Flamengo.
Zé Carlos morreu cedo
Entre as duas passagens pelo Flamengo, teve rápida passagem pelo Cruzeiro. Mesmo assim foi campeão mineiro e da Supercopa dos Campeões da Copa Libertadores. Em seguida se transferiu para o futebol português, atuando por Vitória de Guimarães, Farense e Felgueiras.
Em 1997 saiu do Flamengo e foi para o Vitória, onde ganharia a Copa do Nordeste e o Campeonato Baiano. Rodou ainda pelo XV de Piracicaba e plo America-RJ, antes de encerrar carreira em 2000 pelo Tubarão-SC.
Após encerrar carreira esboçou a carreira de dirigente do America carioca entre os anos de 2006 e 2007. Mas no dia 24 de julho de 2009, Zé Carlos deixou os flamenguistas tristes. O goleiro morreu devido a um câncer no abdômen quando tinha apenas 47 anos. Mas tem lugar presente eternamente no coração dos torcedores.
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