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Perto de sair, Alexandre Campello solta o verbo no Vasco

O presidente Alexandre Campello está com os dias contados no Vasco. Como ele retirou a candidatura a presidência do clube, abriu mão de tentar um novo mandato. Enquanto a Justiça define o futuro mandatário do Vasco, o atual resolveu revelar coisas dos bastidores do clube.

Alexandre Campello desabafou perto da saída (Foto: Twitter)

A administração de Alexandre Campello no Vasco da Gama ficou marcada por um período de intensa luta política. Eleito em meio a uma briga judicial em 2017, ele concorreu a um novo mandato em 2020, mas não teve sucesso. Assim desistiu de se manter no posto. Mas não ficou calado.

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A Justiça ainda vai demorar a divulgar o resultado do pleito no Vasco, por conta de novas disputas. Entretanto, Campello já está fora do páreo e conformado. O dirigente, porém, não pretende deixar o clube sem colocar para fora muitos dos problemas que teve de enfrentar nos três anos de gestão.

Campello publicou carta aberta aos torcedores

Nesta terça-feira, Campello publicou uma carta aberta e revelou alguns dos muitos desafios que encarou, e que trouxeram grande desgaste político. Segundo ele, interesses contrários ao clube foram enfrentados e esquemas desmontados.

– Em três anos de mandato, não fiz outra coisa todos os dias senão detonar o sistema – escreveu.

– Eu tive a coragem de mexer nos piores vespeiros. E o sistema, meus amigos, tal qual um vírus, percebe quando está sendo atacado, E reage. Assim reage duro – continuou.

Vasco tinha até roubo da bilheteria

Vasco sofria com desvios, mas isso chegou ao fim (Foto: Divulgação)

Entre os esquemas citados por Campello, estão um no departamento pessoal que desviava recursos destinados ao pagamento de encargos trabalhistas, outro que roubava dinheiro da bilheteria e inflava gastos com a operação de jogos, venda de ingressos de cortesia, e desvio de pagamentos de sócios feitos em dinheiro na tesouraria do clube.

O mandatário ainda alertou para a presença de funcionários demitidos pelo combate aos esquemas presentes entre os apoiadores de um dos candidatos das eleições de 7 de novembro. Sem citar nomes, chamou a atenção para as tentativas do sistema em se reorganizar.

– Fiz o que se esperava de um presidente. Detectei as sacanagens e arranquei do Clube uma por uma. Fiz inimizades, fui ameaçado, passei a ser achincalhado por ex-funcionários nas redes sociais. Tenho certeza de que, com o tempo, desarmados os espíritos, as realizações desta Administração, que não são poucas, serão devidamente avaliadas e reconhecidas. Não há pressa.” finalizou Campello.

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