O clima pesa no Vasco após novo tropeço na Taça Rio, neste domingo. O Cruz-Maltino empatou em 0 a 0 com o Volta Redonda na Cidade do Aço, pela segunda rodada da Taça Rio. Na estreia no segundo turno do Carioca, a equipe de Abel Braga já havia empatado em 1 a 1 com o Resende.
Com apenas 37,5% de aproveitamento no Estadual, o Vasco corre o risco de não se classificar para as semifinais, assim como aconteceu na Taça Guanabara.
O ambiente em São Januário já é ruim por conta da crise financeira que o clube atravessa e os salários atrasados. Dentro de campo, a equipe não encontra um padrão de jogo, tem dificuldades ofensivas e não convence a torcida. Em 2020, o Vasco tem o pior desempenho ofensivo entre as 20 equipes da Série A do Brasileiro.
Sem conseguir reverter a situação, Abel Braga segue pressionado no cargo. A equipe está viva em três competições, no Carioca, Copa do Brasil e Sul-Americana. Mas o desempenho não credita o Vasco a ir longe em nenhuma delas, e a permanência do treinador fica ameaçada a cada rodada.
Após a partida em Volta Redonda, Abel falou sobre o momento do clube.
– Não conversei com o presidente. Conversei com o Mazzucco (Diretor de Futebol). Vi que o presidente estava ali de pé, mas não falamos. Se tiver que falar algo, problema nenhum. A relação é normal. A situação está complicada para todo mundo, não é só para o Abel ou para o presidente. Quem sofre mais com isso é o torcedor, a razão de o clube ser – disse o treinador.
Abel voltou a descartar a influência dos atrasos de salário no rendimento da equipe em campo.
– Sinceramente, isso não afeta. A relação é boa. O trabalho é bom. Em momento algum, fizeram cobranças. Os problemas são do ano passado e têm que ser resolvidos. O que eu sei é que na terça-feira o presidente terá reunião com o grupo e vai explicar como vai resolver. Isso não é desculpa. Jogador entre em campo treinado e tem de fazer o melhor.
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Mais críticas
As críticas ao trabalho de Abel vem de todos os lados. Neste domingo, em entrevista à Rádio Tupi, o ex-vice de futebol na administração de Alexandre Campello, Fred Lopes, reforçou o coro. Hoje na oposição ao presidente, ele comparou os trabalhos do atual treinador e do anterior, Vanderlei Luxemburgo.
– Apesar de reconhecer que o Abel tem um passado vitorioso, eu não tenho visto com bons olhos esse trabalho. Apesar de reconhecer as dificuldades com salários, jogadores evitando falar com a imprensa, mas eu tenho percebido uma dificuldade muito grande nesse time de se dar um padrão tático – afirmou o ex-dirigente.
– Comparando com o ano passado e o trabalho do Vanderleia esse, a gente percebe que houve uma caída significativa de alguns jogadores. Eu espero que ao longo dessas próximas partidas o Abel consiga encontrar a formação ideal, o padrão tático ideal, e que essas peças voltem a subir de produção – completou.
O próximo desafio de Abel será na quinta-feira. O Cruz-Maltino recebe o Goiás em São Januário, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Pelo Carioca, o Vasco terá no domingo o clássico contra o embalado Fluminense. Um revés diante do Tricolor pode eliminar a equipe da Taça Rio e das finais do Estadual.
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