No esquenta para a final da Copa Libertadores entre Fluminense e Boca Juniors, no dia 4 de novembro, no Maracanã, o MQJ Memória aquece a rivalidade e relembra as dez últimas finais entre brasileiros e argentinos na história da competição.
O histórico entre Brasil e Argentina em finais de Libertadores ainda tem outros quatro confrontos mais “distantes”: Santos x Boca Juniors em 1963, Estudiantes x Palmeiras em 1968, Independiente x São Paulo em 1974 e Cruzeiro x River Plate em 1976.
MQJ Memória: as últimas finais entre brasileiros e argentinos na Libertadores
1- Independiente x Grêmio
Começamos a nossa lista com a final da Libertadores de 1984 entre o Grêmio e o Rei de Copas, apelido do Independiente de Avellaneda. Campeão de 1983, o Grêmio, que era liderado por craques como o atacante Renato Portaluppi e o zagueiro uruguaio Hugo de Léon, chegava à sua segunda decisão continental, enquanto a equipe argentina chegava à sua incrível sétima decisão.
O primeiro jogo foi realizado no antigo Estádio Olímpico, onde a equipe de Avellaneda levou a melhor e venceu o confronto por 1 a 0. Na segunda partida, a equipe argentina segurou o grande time do Grêmio em um empate em 0 a 0 em casa e se consagrou heptacampeã da maior competição de clubes do continente. Desde aquela final até hoje, ninguém conseguiu superar o Independiente em número de títulos.
2- São Paulo x Newell’s Old Boys
Oito anos depois, São Paulo e Newell’s Old Boys voltaram a colocar os dois países novamente frente a frente em uma decisão de Libertadores, em 1992. O São Paulo, que era comandado pelo histórico técnico Telê Santana, buscava o seu primeiro título da competição, assim como a equipe de Rosário.
Na época, o Tricolor Paulista tinha uma verdadeira seleção em seu elenco, com craques como o goleiro Zetti, o lateral-direito Cafu, o meia Raí e o ponta-direita Müller. Mesmo com esse timaço, o São Paulo não teve vida fácil contra a equipe argentina. Após perder o primeiro jogo em Rosário por 1 a 0, o Tricolor tinha de dar o troco no Morumbi e foi justamente o que aconteceu. Com um gol de Raí, o São Paulo ganhou o jogo por 1 a 0 e levou a decisão para as penalidades. Nas cobranças, a equipe argentina desperdiçou três das cinco e acabou perdendo o título.
3- Vélez x São Paulo
Após assustar o continente com sua terceira final consecutiva e vindo de dois títulos, os comandados do técnico Telê Santana se depararam com outro rival argentino: o Vélez Sarsfield, em 1994. Comandados pelo maior técnico da história do torneio, Carlos Bianchi, a equipe do Vélez tinha como o nome mais conhecido do time o goleiro paraguaio Chilavert.
Na primeira partida, que foi realizada no Estádio José Amalfitani, o Vélez venceu o Tricolor Paulista por 1 a 0, com gol de Asad. Já na segunda partida, realizada no Morumbi, o São Paulo devolveu o placar do primeiro jogo e levou a decisão para as penalidades. Nas cobranças, o time de Carlos Bianchi converteu todas, enquanto que pelo São Paulo, o craque Palinha desperdiçou um pênalti. O Vélez conquistou o primeiro e único título da Libertadores até o momento.
4- Palmeiras x Boca Juniors
Seis anos depois da histórica final entre Vélez e São Paulo, quis o destino que mais uma vez argentinos e brasileiros voltassem a medir forças em uma decisão continental. Desta vez, entre Boca Juniors e Palmeiras, em 2000. Atual campeão na época, o Alviverde, que era comandado pelo técnico Felipão, tinha uma verdadeira seleção no seu elenco. Naquele ano, o time, com um forte aporte financeiro da Parmalat, tinha jogadores como o goleiro Marcos, o meia Alex, o meia Zinho, além do ponta Paulo Nunes. Do outro lado, o time de Carlos Bianchi também não deixava a desejar, liderado pelos craques Riquelme e Palermo.
Na primeira partida na Argentina, um empate em 2 a 2. Já na segunda partida, realizada no Morumbi, um travado e violento 0 a 0, levando assim a decisão para a marca da cal. Nos pênaltis, a equipe Xeneize venceu por 4 a 2 e conquistou o seu terceiro dos seis títulos que tem em toda a sua gloriosa história na competição.
5- Boca Juniors x Santos
O Boca Juniors chegava à sua sétima final na história da competição. Depois de vencer Cruzeiro e Palmeiras em finais, mais uma vez um time brasileiro tentou desbancar o forte time do Boca: o Santos de Diego e Robinho, em 2003.
Na primeira partida, no mítico Estádio de La Bombonera, o Boca fez prevalecer o fator casa e venceu a equipe paulista por 2 a 0, levando para o segundo jogo uma boa vantagem. No Morumbi, o Peixe foi novamente derrotado, desta vez pelo placar de 3 a 1, com um agregado de 5 a 1 para os Xeneizes. Esse foi um dos placares com a maior diferença de gols em uma final entre brasileiros e argentinos, ficando atrás somente da próxima final.
6- Boca Juniors x Grêmio
Quatro anos depois do seu quinto título continental, o avassalador Boca Juniors de novo chegava a uma final de Libertadores, e adivinha?, novamente contra um time brasileiro, sendo o Grêmio, de Mano Menezes, o nome da vez, em 2007. Agora comandado pelo técnico Miguel Ángel Russo, o Boca continuava com a mesma espinha dorsal do time das últimas conquistas e chegava para a final como o grande favorito.
Na primeira partida, um massacre por 3 a 0, no qual o Grêmio não viu a cor da bola e levou gols de Palacio, Riquelme e Patrício. No segundo jogo, no Estádio Olímpico, o Tricolor Gaúcho precisava de um milagre para levantar o título. Contudo, mais uma vez não foi páreo e perdeu por 2 a 0. Foi vice-campeão sem nem sequer fazer um gol na final, com o placar agregado de 5×0.
7- Estudiantes x Cruzeiro
Na décima primeira decisão de Libertadores entre brasileiros e argentinos, Cruzeiro e Estudiantes fizeram uma final eletrizante no ano de 2009. Comandado pelo técnico Adilson Batista, o Cruzeiro chegava à sua quarta final de Libertadores na história. Do outro lado, o timaço dos Estudiantes, comandado pelo falecido técnico Alejandro Sabella, chegava pela quinta vez à final, sendo essa de forma invicta na fase de mata-mata.
Na primeira partida, realizada no Estádio Ciudad de La Plata, o Cruzeiro conseguiu segurar a forte pressão da equipe argentina e saiu de lá com um bom resultado: 0 a 0. No segundo jogo, realizado no Mineirão, o copeiro Estudiantes não se intimidou com a forte pressão que a torcida do Cruzeiro fez naquela noite e de virada, com gols de Fernandez e Boselli, calou mais de 64 mil torcedores, vencendo a partida por 2 a 1 e conquistando o seu quarto título em cinco finais disputadas na gloriosa história na Libertadores.
8- Corinthians x Boca Juniors
Em sua primeira final da história da Libertadores, o Corinthians de Tite chegava empolgado após eliminar o seu rival Santos na semifinal. Na decisão de 2012, a tarefa não era das mais simples, pois o Timão iria enfrentar o time com mais finais da história e o segundo maior campeão da competição, o Boca Juniors.
Na primeira partida, realizada na Bombonera, o Corinthians conseguiu um resultado que poucos times conseguem quando vão jogar lá, que é empatar. O jogo foi 1 a 1, com um golaço de Romarinho no fim da partida. No segundo jogo, no Pacaembu, com uma noite inspirada do atacante Emerson Sheik, o Corinthians derrotou o Boca por 2 a 0 e conquistou pela primeira vez a América. Para o time argentino, essa seria a sua segunda final perdida para clubes brasileiros, sendo a primeira delas para o Santos de Pelé em 1963.
9- Grêmio x Lanús
Na sua quinta decisão de Libertadores em toda a sua história, o Grêmio do técnico Renato Portaluppi buscava entrar para o seleto grupo de brasileiros tricampeões da América, o qual já contava com São Paulo e Santos na época. Na decisão de 2007, o Imortal Tricolor enfrentou o modesto Lanús, comandado na época pelo agora técnico do Boca na final deste ano, Jorge Almirón.
No primeiro embate, ocorrido em Porto Alegre, o Grêmio venceu o enroscado jogo por 1 a 0, gol marcado no fim da partida pelo meia Cícero. No segundo jogo, realizado no acanhado Estádio Ciudad de Lanús, o Grêmio novamente venceu a partida, desta vez pelo placar de 2 a 1, em uma noite inspirada do meia Luan, que anotou um gol de placa, ajudando o Tricolor a conquistar o seu terceiro título na sua grande história no torneio.
10- Flamengo x River Plate
Fechando a nossa lista, temos a primeira e histórica final em jogo único, realizada no Estádio Monumental de Lima, entre Flamengo e River Plate, em 2019. Embalado depois da inesquecível goleada por 5×0 na semifinal contra o Grêmio no Maracanã, o Fla, do técnico português Jorge Jesus, chegava à sua segunda final de Libertadores depois de 38 anos. Do outro lado, era o atual campeão e avassalador time do River Plate, do maior técnico da história do clube, Marcelo Gallardo.
No duelo, o time argentino abriu o placar com Borré aos 14 minutos do primeiro tempo e, mesmo depois de ter feito o gol e de cozinhar a partida até o fim, a equipe argentina viu o Flamengo puxar um contra-ataque com uma bola recuperada no campo defensivo e Gabigol empatou o jogo aos 44 minutos da segunda etapa. Com o jogo caminhando para a prorrogação, nos acréscimos, em um indecisão dos dois zagueiros do River, Gabigol aproveitou e marcou o segundo gol para o Flamengo, terminando assim em 2 a 1 para a equipe do Rio de Janeiro. Esse foi o segundo dos três títulos conquistados pelo time carioca na história do torneio.
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