Futebol Internacional

Só Neymar custou mais que todo o Bayern! Derrota do PSG mostra que dinheiro não traz felicidade

Nos últimos anos acompanhamos o ingresso de bilionários russos, árabes e chineses no futebol europeu. Clubes como Manchester City e PSG se tornaram referências de altos investimentos. Curiosamente dos novos gigantes que ainda não sentiram o gostinho de ganhar a Champions League. Mas a derrota do PSG para o Bayern de Munique no último domingo, na decisão da Liga dos Campeões da Europa, traz uma máxima no futebol do Velho Continente: dinheiro não traz felicidade. Isso porque somente o que o PSG investiu em Neymar já foi mais do que todo o investimento do Bayern de Munique para montar o time campeão.

Neymar e Mbappé não pararam o Bayern (Foto: Uefa)

Para montar o time que disputou a final da Champions League o PSG desembolsou 600 milhões de euros (quase R$ 4 bilhões). O presidente do clube, Al-Khelaïfi, continua afoito no mercado e fala em uma reestruturação bancada a muitos euros para novamente formar um time com condições de da próxima vez dar a volta olímpica. Mas a medida é nada acertada se for levado em consideração que para montar o time vitorioso do domingo passado o Bayern desembolsou 116 milhões de euros (cerca de R$ 756 milhões).

Neuer foi a maior contratação do Bayern

Nasser Al-Khelaifi ainda persegue a Champions (Foto: Getty)

Neymar foi contratado junto ao Barcelona em 2016 por 222 milhões de euros (pela cotação atual algo em torno de R$ 1,4 bilhão). Companheiro de ataque de Neymar, o francês Mbappé representou um investimento de 145 milhões de euros (mais de R$ 1 bilhão).

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Já o Bayern de Munique teve como maior contratação do time que entrou em campo na final o goleiro Manuel Neuer. Em 2011 ele deixou o Schalke 04 rumo a Munique por 30 milhões de euros (hoje quase R$ 200 milhões).

– Nós não apostamos em grandes contratações. Não apenas porque o nosso orçamento não pode competir com bilionários. Mas também porque o Bayern de Munique tem uma filosofia que visa formar grandes jogadores, sejam eles vindos da base ou que tenham sido contratados em formação. Normalmente esses atletas chegam a custos mais baixo do que grandes estrelas. Mas a fórmula tem se mostrado eficiente – analisou Hans-Dieter Flick, treinador do Bayern.

Astros do Bayern não tiveram custos

Neuer evita o gol de Mbappé (Foto: Uefa)

Mas a estratégia do Bayern de Munique de montar um time vencedor vai além de calcular baixo o investimento. Jogadores como o lateral-esquerdo David Alaba e o atacante Thomas Muller são crias do clube. O meia Goretzka e artilheiro da Champions League, o polonês Robert Lewandowski, vieram sem custos, pois estavam livres no mercado.

Apesar de os valores do orçamento do Bayern de Munique fazerem inveja a qualquer clube brasileiro, não dá para não tratar a diferença entre o clube alemão e o francês como uma relação entre tostão e bilhão. Resta saber se o futebol europeu nos próximos anos vai adotar o modelo do Bayern de Munique ou a gastança do PSG.

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