A pandemia do Coronavírus bagunçou com a realidade de vários setores no mundo. O futebol não ficou de fora e foi muito impactado. Uma questão polêmica que está mexendo com o futebol europeu: quem paga os salários? A pergunta se deve especificamente a jogadores que estão emprestados a outros clubes. Como a temporada no Velho Continente se estendeu, competições importantes como a Liga dos Campeões da Europa, o Campeonato Espanhol, a Bundesliga, a Premier League, dentre outras, vão acabar depois de 30 de junho, quando normalmente chegaria ao fim a temporada.
Com jogos de todas essas competições previstas para o segundo semestre, vários jogadores que estavam emprestados a outros clubes teriam que voltar a sua equipe de origem. Um exemplo claro é o do meia brasileiro Philippe Coutinho, que está emprestado pelo Barcelona ao Bayern de Munique.
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Uefa, Fifa e federações europeias já definiram que os atletas serão inscritos pelos clubes que estão emprestados até que as competições terminem. Assim, o Bayern, por exemplo, poderá escalar Philippe Coutinho na Bundesliga e na Champions League até o último jogo sem correr riscos de punição. A questão é: entre 30 de junho e o fim dessas competições quem vai pagar o salário desses atletas?
Barcelona em 8 milhões de euros em emprestados
Por uma questão de bom senso seria o clube pela qual o jogador está atuando. No caso de Coutinho, o Bayern de Munique. Mas a questão não teve seu martelo batido e isso pode ser um drama para muitos clubes. O Barcelona, por exemplo, tem uma folha salarial de emprestados que gira em torno de 8 milhões de euros (cerca de R$ 48 milhões) por mês. Uma pequena fortuna que pode prejudicar demais o os cofres do time catalão em meio a esta pandemia.
Outra questão é que os clubes negociaram com seu elenco diferentes formas de redução salarial. Os jogadores emprestados estão no meio disso tudo. Além do Barcelona, outros clubes sofrem com esta realidade. O Real Madrid, por exemplo, tem 16 jogadores emprestados no mercado, sete a mais que o Manchester United.
– Temos que nos adaptar a esta realidade de pandemia em todos os aspectos. Vamos nos adaptar não apenas no calendário, mas em todo o resto, incluindo o aspecto salarial. O importante é bom senso e isso tenho certeza que sobra aos dirigentes das ligas europeias – disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
Brasil pode pegar problema resolvido
Ainda não está claro como vai funcionar a sequência dos campeonatos no Brasil. Os Estaduais lutam para chegar ao fim em meio a uma polêmica entre clubes. No Rio de Janeiro, por exemplo, Flamengo e Vasco defendem para junho o retorno das atividades. Contam para isso com o apoio dos clubes de menor investimento e da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). Botafogo e Fluminense acham precipitado tratar do assunto.
As indefinições em relação ao Estadual são pequenos exemplos de discussões ainda maiores como o desfecho da Copa do Brasil, da Copa Libertadores, da Copa Sul-Americana e principalmente do Campeonato Brasileiro, que teve o sistema de pontos corridos colocado em xeque. Assim, não é impossível de pensar que a temporada vai romper dezembro, se estendendo até janeiro.
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Caso as competições avancem para 2021 como ficará a situação dos jogadores emprestados até 31 de dezembro? Pelo menos nesse caso o Brasil já saberá o que foi resolvido nos outros grandes centros do futebol mundial. Mas resta saber se existirá bom senso?
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