A final inglesa da Champions League, entre Manchester City e Chelsea, reforça: o domínio do futebol europeu atualmente é dos clubes da Inglaterra. O “pacote” só não foi completo porque o Arsenal caiu na semifinal da Liga Europa para o Villarreal. O time espanhol impediu outra “decisão caseira” e vai encarar o Manchester United, favorito, na final.
Não é coincidência que, de 2019 para cá, a Champions League presencie novamente uma final com dois clubes ingleses. Naquela ocasião, o Liverpool superou o Tottenham. E, também naquele ano, o Chelsea venceu o Arsenal na decisão da Liga Europa.
O cenário atual aponta a Premier League como o principal torneio nacional europeu, já com uma distância para os demais. No fim da década de 90 e início dos anos 2000, o Campeonato Italiano ostentava o posto de melhor competição. A bola, posteriormente, passou para La Liga, que manteve o pique com a rivalidade entre Messi e Cristiano Ronaldo, mas, mesmo na era dos dois craques, o Campeonato Inglês já havia conquistado a “liderança”. Agora, tem sobrado. O domínio europeu está com os ingleses.
O efeito Premier League
A explicação para este domínio inglês passa pela Premier League, que inaugurou uma nova era, a partir da década de 90, e se mostra cada vez mais consolidada e poderosa.
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A Premier League se preocupa com uma divisão de cota de televisão que não concentre tanto o dinheiro nas mãos de poucos clubes. Além disso, é um produto de fazer inveja, comercialmente e também no marketing.
Dinheiro de sobra
A capacidade financeira, já robusta pelo montante de dinheiro que movimenta de cotas de televisão, marketing e produtos, fica ainda mais em evidência com o fato de que muitos clubes ingleses têm magnatas no comando, que injetam muita grana. Os finalistas da Champions League são exemplos. O Manchester City e o Chelsea têm fortunas que dão sustentação a um projeto esportivo vencedor.
A Premier League, então, é um prato cheio, com toda a estrutura, organização e grana, para atrair a nata do futebol. E os clubes ingleses abraçaram e evoluíram com este intercâmbio. Um exemplo? É só ver os técnicos. Pep Guardiola, Jürgen Klopp, Carlo Ancelotti, Thomas Tuchel, Marcelo Bielsa… qualidade de sobra. Também há profusão de talento, e de nacionalidades distintas, entre os jogadores.
Leque maior de clubes
Com tanta grana, além de tradição, a Premier League tem um “bloco” de clubes com poderio de assustar e que consolidam este domínio no futebol europeu. Além do chamado “Big Six” (Manchester United, Manchester City, Chelsea, Liverpool, Arsenal e Tottenham), há espaço, por exemplo, para o Leicester, que vem se fixando no pelotão de elite. O Everton atrai Ancelotti e nomes como James Rodríguez. O West Ham vem com campanha sólida.
Os clubes da Premier League não usam a grana abundante apenas para contratar reforços balados. O investimento na categoria da base também tem sido um diferencial. É só olhar o City com Foden, o Chelsea com Mason Mount, o United com Rashford, e por aí vai.
Os clubes ingleses mostram que querem e podem dominar o futebol europeu por muito mais tempo.
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