Nesta terça-feira (7), membros do Sindicato dos Jogadores de Futebol da Espanha (AFE) se reuniram com representantes da La Liga. Em pauta, o calendário do futebol no país, diante da pandemia da Covid-19, causada pelo coronavírus. De acordo com Javier Tebas, presidente da La Liga, “não há previsão para a retomada do calendário”. Há preocupação em torno da perda da temporada, pois o tempo está se esgotando.
Assim, não é possível fazer uma previsão de quanto tudo isso irá terminar. Os integrantes da reunião foram enfáticos: a condição dos atletas está em primeiro lugar. Mesmo a hipótese de jogos a cada 48 horas está descartada.
72 horas
Vale lembrar que a Espanha é um dos países mais afetados pela crise do coronavírus. Além disso, a Europa é o continente com maior número de casos da Covid-19. Assim, a conclusão não poderia ter sido outra: a saúde dos jogadores está em primeiro plano em todos os cenários.
A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) emitiu um comunicado logo após a reunião. O posicionamento das entidades ficou claro.
“A RFEF faz com que a AFE se comprometa a jogar, pelo menos, a cada 72 horas. O presidente Rubiales deixou claro no comitê de monitoramento que as condições de saúde para jogadores de futebol não serão negociáveis”, explica o comunicado da RFEF.
“A Federação deixou clara sua rejeição frontal aos jogadores de jogar a cada 48 horas. Dada a posição inflexível da RFEF, a AFE foi forçada a aceitar que o mínimo será de 72 horas, anulando assim o contrato anterior com a LaLiga”.
Confronto
Em um ambiente de confronto entre as instituições, especialmente entre a LaLiga e a RFEF, os planos para a temporada estão definitivamente comprometidos. Nem mesmo a previsão mais pessimista de retorno aos gramados, para o fim de junho, deixa os espanhóis tranquilos.
Nesta terça-feira, após uma sequência de quatro quedas consecutivas, a Espanha voltou a registrar aumento no número de mortes por Covid-19. Os dados foram divulgados pelo governo espanhol. No total, o país europeu tem 140,5 mil contaminados e 13,7 mil mortos por causa da doença.
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