Ídolos no futebol normalmente são craques que foram decisivos na conquista de um clube ou de uma seleção. Entretanto, muitas vezes a idolatria pode estar fora de campo. Representada na figura de um dirigente. Ao longo dos anos, alguns dirigentes ganharam o status de ídolos. Dirigente que é ídolo? Eles existem sim no futebol brasileiro.
Independentemente de erros cometidos em suas gestões, acabaram marcados pela entrega com que se doavam aos clubes. A era do amadorismo foi rica nesses exemplos. Casos como o de Castor de Andrade ou de Vicente Matheus podem ficar apenas na memória com a modernização do futebol.
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O MAIS QUE UM JOGO agora relembra dirigentes que ganharam status de ídolos nos seus clubes:
VICENTE MATHEUS
Lendário, Vicente Matheus foi um dos dirigentes mais idolatrados por uma torcida. A Fiel guarda até hoje no seu coração o presidente de oito mandatos e que conquistou o time a grandes títulos. Ele era conhecido, inclusive, por usar recursos próprios para investir no clube
EMIL PINHEIRO
Emil Pinheiro foi o principal responsável por tirar o Botafogo da fila de 21 anos sem títulos. O bicheio não media esforços para contratar e era comum o Glorioso aplicar chapéus em rivais, como foi quando Fernando Macaé e Carlos Alberto Dias, então acertados com o Flamengo, foram parar em General Severiano. Em 1991 de uma só tacada ele tirou o ataque do rival rubro-negro, contratando Renato Gaúcho e Bujica. Ainda fez os dois estrearem em um clássico contra o rival. Diz a lenda que as contratações de Paulinho Criciúma e Mauro Galvão, campeões em 1989, aconteceu em uma mesa de jogo, quando venceu em uma aposta Castor de Andrade, então presidente do Bangu.
CASTOR DE ANDRADE
Castor de Andrade era outro dirigente idolatrado por uma torcida. Os banguenses até hoje não esquecem o seu grande presidente, também oriundo do Jogo do Bicho, e que fez o Alvi-Rubro ser um dos grandes do futebol carioca na década de 80 e vice-campeão brasileiro em 1985.
FÁBIO KOFF
Ele é sempre lembrado. Fábio Koff tem a sua história escrita no Grêmio como o presidente da conquista da Copa Libertadores de 1995. A fala mansa e o jeito diplomático o levaram a presidir o Clube dos 13. Mas o seu coração sempre foi da torcida gremista.
FERNANDO CARVALHO
O Internacional também tem seu dirigente-ídolo. Trata-se de Fernando Carvalho, que foi presidente na conquista da Copa Libertadores de 2006 e do Mundial daquele ano. Também estava na diretoria da Libertadores de 2010. É reconhecido até hoje pelos bons serviços prestados ao clube, embora tenha ficado marcado pelo rebaixamento do ano de 2016 e pela infeliz declaração comparando esta queda com a morte de praticamente todo o elenco da Chapecoense em um desastre de avião. Mas isso não apaga seu bom serviço ao clube.
CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO
Ainda na ativa, Carlos Augusto Montenegro é outro dirigente do Botafogo que virou uma espécie de ídolo da torcida. A contratação de Túlio Maravilha, a conquista do Brasileirão de 1995 e a retomada da sede de General Severiano o levaram a essa condição. Além disso tem trabalhado na transformação do clube em empresa. Mas já fala em se aposentar. Entretanto, a paixão impede.
CELSO BARROS
Celso Barros foi diretor de futebol do Fluminense e entre 1999 e 2014 fez a Unimed, que presidia, investir muito dinheiro no clube, montando grandes times que contavam com craques como Fred, Thiago Neves, Darío Conca, Thiago Silva e Deco. O saldo foi a conquista de dois Brasileiros e uma Copa do Brasil. É o atual vice-presidente geral.
MARCO AURÉLIO CUNHA
As trocas de farpas com dirigentes e jogadores do Corinthians acabaram alçando Marco Aurélio Cunha a ídolo da torcida do São Paulo. Mas seu bom trabalho pesou. Tanto que ingressou na política, onde também contou com a aceitação dos torcedores são-paulinos.
ANDRÉS SANCHEZ
Por falar em Corinthians, os torcedores da Fiel reconhecem Andrés Sánchez como um marco no clube. O presidente que assumiu pouco antes do rebaixamento de 2007, reergueu o clube apostando em contratações como as do técnico Mano Menezes e do atacante Ronaldo Fenômeno. Ali começava um trabalho que culminaria com a conquista da Libertadores e do Mundial de Clubes de 2012, já fora de sua gestão. Além disso, está no comando do clube. Assim tem chance de fazer mais pelo Timão.
ALEXANDRE KALIL
Político, Alexandre Kalil é idolatrado pelos torcedores do Atlético-MG por conta das provocações ao rival Cruzeiro. Mas isso por si só não lhe garantiria idolatria. O mesmo foi o homem forte da conquista da Libertadores de 2013. Sua popularidade alcançou níveis tão grandes que ele se tornou prefeito de Belo Horizonte. Assim entra para a história do esporte.
MÁRCIO BRAGA
O Flamengo também tem seu dirigente ídolo. Trata-se de Márcio Braga. A torcida costumava falar que para ser campeão brasileiro era preciso ter ele como dirigente. Ele esteve no cargo ou ajudando a diretoria em todos os títulos nacionais do Rubro-Negro. Além disso, seu último mandato terminou com a conquista do Brasileirão de 2009. Entretanto, segue ativo opinando na política do clube.
ALEXANDRE MATTOS
Alexandre Mattos veio das arquibancadas do Palmeiras até assumir o comando do futebol do clube. A conquista do título brasileiro de 2016 fez confirmar a sua condição de ídolo dos palmeirenses.
EURICO MIRANDA
Polêmico, Eurico Miranda teve uma relação de amor e ódio com a torcida do Vasco. Era comum ver seu nome gritado quando invadia o campo ao entender que sue time estava sendo prejudicado. Além disso, na década de 90 montou um timaço que foi campeão brasileiro e da Libertadores. Entretanto, chegou a ser rebaixado na sua gestão em 2015. Mas deixou saldo positivo. Morreu em 2019.
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