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Maestros do Flamengo no século 21: Os herdeiros da 10 de Zico

Imortalizada pelo Rei Pelé, a camisa 10 se tornou símbolo do melhor jogador de um time. Veste a dez o mais habilidoso, o maestro da equipe, o organizador das jogadas e líder dentro de campo. Ídolos como Zico, Rivelino, Raí, Rivaldo, e muitos outros, mantiveram a tradição ao longo dos anos.

No Flamengo, ninguém chega aos pés de Zico. O Galinho de Quintino passou a maior parte da carreira no clube da Gávea, onde disputou mais de 700 jogos. Com a dez rubro-negra marcou 509 gols e conquistou muitos títulos. Foram sete estaduais, quatro brasileiros, uma Libertadores e um Mundial.

Após a despedida em 1989, o Flamengo esteve sempre a procura de um substituto à altura. O MAIS QUE UM JOGO relembra os principais nomes que tentaram assumir o peso da camisa 10 rubro-negra:

Petkovic

Petkovic (Foto: Alexandre Vidal/CRF)

O sérvio Dejan Petkovic foi talvez quem mais tenha se aproximado de Zico com a dez do Flamengo. Fã do Galinho, chegou ao Flamengo em 2000 e caiu nas graças da torcida. Com ele em campo, o Flamengo conquistou o bi (2000) e depois o tri carioca em cima do Vasco em 2001. Também foi decisivo na conquista da Copa dos Campeões.

Pet deixou o Flamengo no meio de 2002, mas retornou em 2009 para se sagrar campeão brasileiro. Aos 36 anos, o sérvio foi o maestro do hexacampeonato. Ele não usou a 10 que era de Adriano, mas assumiu o papel de maestro. Se despediu do futebol em 2011 com a camisa rubro-negra.

Renato Augusto

Renato Augusto (Foto: Getty Images)

O meia-atacante Renato Augusto foi sem dúvida uma das maiores revelações do Flamengo neste século. Cria da base do clube, ele estreou nos profissionais em 2005, e se firmou entre os titulares no ano seguinte, na campanha do título da Copa do Brasil. Nos anos seguintes, foi bicampeão carioca em 2007 e 2008. Em julho de 2008, foi vendido ao Bayer Leverkusen, da Alemanha por 25 milhões de Reais.

Adriano

Adriano (Foto: Divulgação)

O atacante Adriano estreou nos profissionais do Flamengo em 2000, com apenas 17 anos. Logo despertou o interesse de grandes clubes da Europa e foi vendido à Inter de Milão no ano seguinte. Porém, antes de deixar a Gávea, ajudou a equipe nos títulos estaduais de 2000 e 2001. Também em 2001 conquistou a Copa do Campeões.

Em 2009, retornou ao Flamengo como o ‘Imperador Adirano’. Recebeu a camisa 10 e foi decisivo na conquista do hexacampeonato brasileiro.

Ronaldinho Gaúcho

Ronaldinho (Foto: Alexandre Vidal/CRF)

Quando Adriano saiu em 2010, Petkovic retomou a camisa 10. Em 2011, ela foi passada para Ronaldinho Gaúcho. O pentacampeão pela Seleção Brasileira em 2002 se tornou a nova esperança da torcida. O Fla foi campeão carioca e fez boa campanha no Brasileirão, mas a indisciplina e o estilo de vida de Ronaldinho causaram problemas de relacionamento com o técnico Vanderlei Luxemburgo. Seu contrato foi rescindido e ele entrou em litígio com o Flamengo.

Gabriel

Gabriel (Foto: Gilvan de Souza/CRF)

A busca por um dez continuou e em 2013 o Flamengo tentou dois nomes diferentes. O primeiro foi o jovem e promissor Gabriel, do Bahia. Habilidoso mas franzino, faltava a ele o vígor físico necessário. Foi o dez da temporada, mas não conseguiu ser unanimidade. No ano seguinte, passou por um trabalho para adquirir massa muscular e ganhou 11 quilos. Alternou bons e maus momentos no clube até 2018, quando foi emprestado.

Carlos Eduardo

Carlos Eduardo (Foto: Getty Images)

No início de 2013, o Flamengo contratou Carlos Eduardo. Cria da base do Grêmio, estava encostado no futebol russo. Perseguido por constantes lesões, sua contratação foi um grande mico do Flamengo. Ganhava um alto salário e e marcou apenas um gol nas 49 partidas que disputou em pouco mais de um ano. Como a 10 já tinha sido dada a Gabriel, vestiu a camisa 20.

Lucas Mugni

Lucas Mugni (Foto: Getty Images)

Em 2014 o Flamengo apostou em outra promessa, o argentino Lucas Mugni. Ele estreou no carioca em uma goleada contra o Boavista com uma grande atuação. A torcida gostou e passou a pedir seu nome. O meia, entretanto, era do tipo que por vezes desaparecia em campo, e tinha dificuldades de se firmar. Ganhou muitas oportunidades saindo do banco de reservas ao longo do ano.

Em 2015, chegou a ser testado como volante, mas ainda sim não teve sequência. Em julho foi emprestado ao Newell’s Old Boys da Argentina e não voltou a vestir a camisa do Flamengo.

Ederson

Ederson (Foto: Gilvan de Souza/CRF)

A saída de Mugni coincidiu com a contratação de Ederson. Na Europa desde os 19 anos, fez sucesso no futebol francês atuando pelo Nice e depois Lyon. Estava na Lazio desde 2012, mas com seguidas lesões, disputou apenas 50 partidas. Disposto a recuperar o bom futebol no Flamengo, Ederson continuou a sofrer com problemas musculares. Para piorar, sofreu duas graves lesões no joelho que o afastaram dos gramados por muitos meses. Em 2017, interrompeu a carreira para tratar um tumor no testículo.

Diego Ribas

Diego (Foto: Gilvan de Souza/CRF)

O Flamengo apostou num novo nome em 2016, Diego Ribas. Após 12 anos na Europa, o ex-santista retornou ao Brasil para vestir a 10 rubro-negra. Desde sua chegada, o Flamengo sempre fez boas campanhas no Brasileirão, e conquistou uma vaga na Libertadores em todos os anos. Foi terceiro colocado em 2016, sexto em 2017, vice-campeão em 2018 e campeão em 2019. Com ele como dez, também foi campeão carioca em 2017 e 2020.

Após uma lesão grave no tornozelo na Libertadores em 2019, ficou quatro meses sem jogar e perdeu a condição de titular. Saindo do banco, foi decisivo na conquista da Libertadores com uma assistência para o gol que deu o título. Segue no Flamengo e tem contrato até o final de 2020.

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