Em entrevista à FlaTV na noite deste domingo, o atacante Pedro Rocha fala do dilema do jogador torcedor. Esse sempre foi um tema tabu no futebol. Mas mais e mais jogadores, especialmente no Flamengo, estão perdendo o pudor de revelar suas emoções ao vestirem a camisa de seus times do coração.
O Flamengo contratou seis reforços para a temporada 2020, Gustavo Henrique, Léo Pereira, Michael, Pedro, Thiago Maia e Pedro Rocha. Desses, os três últimos assumirem serem torcedores do clube na infância e admitiram a emoção ao vestirem o manto rubro-negro.
– Quando eu virei profissional, eu tinha muito isso na minha mente. Que eu não poderia mais ser aquele torcedor, do Flamengo, digamos. Porque a gente, querendo ou não, não é sempre que vai jogar no time do coração – disse Pedro Rocha.
– Então, quando cheguei no Ninho, foi realmente emocionante. Passa um filme na sua cabeça . Volta toda aquela história de que um dia eu torci por aquele clube, torci na minha infância. E isso foi muito gratificante, porque através do meu trabalho, do meu esforço, e é lógico com as bençãos de Deus e todo apoio da minha família, eu consegui estar um dia vestindo a camisa do clube que eu sempre sonhei – completou.
Capixaba de Vila Velha, Pedro Rocha vem de uma família de torcedores do Flamengo. Seu início de carreira, entretanto, foi bem longe do Rio de Janeiro. Ele começou a carreira profissional no Diadema, em São Paulo, em 2011. Passou pelo Juventus e chagou ao Grêmio em 2015.
Dois anos depois, foi negociado com o Spartak de Moscou, na Rússia, que ainda detém seus direitos econômicos. Ano passado foi emprestado ao Cruzeiro.
– Foi cair a ficha mesmo quando eu estava lá no Ninho assinando o contrato. E foi aonde veio a emoção e foi muito importante pra mim isso. Pra minha família também. E até um fato interessante que acabou me emocionando bastante. Quando a gente estava na sala pra assinar o contrato, meu pai pegou o contrato na mão e começou a chorar. Esse foi um fato diferente . Eu nunca tinha visto isso na minha carreira. Meu pai vendo o filho dele realizar o sonho de estar jogando no time do coração – revelou.
Entrar para a história do Flamengo
Pedro Rocha foi o reforço que menos oportunidades recebeu em 2020. O elenco principal disputou 12 partidas na temporada e o atacante só esteve em uma, pelo Campeonato Carioca. Segundo Jorge Jesus, o jogador estava defasado em relação ao elenco na questão física e demorou a entrar em forma.
O atacante de 25 anos não se abala e acredita que terá a oportunidade de mostrar seu trabalho. Ele também está otimista com relação ao sucesso da equipe este ano.
– Todo jogador pensa em ficar para a história de um clube, ainda mais um clube gigante como é o Flamengo. Então a gente sabe que é uma luta diária, e pra chegar a fazer história num clube não é de um dia pro outro. Mas a gente tem total noção e capacidade de esse ano fazer novamente o que todos aqueles fizeram ano passado. De fazer um grande ano e, como falie, entrar para a história do Flamengo novamente – concluiu.
A paralisação do futebol por conta da pandemia do coronavírus ainda não tem data para terminar. Os clubes da Série A do Brasileiro concederam férias coletivas a seus jogadores até o dia 20 de abril. Por enquanto, não há indicações de que será possível a reapresentação dos atletas no final deste mês.
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