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Clubes sem reforços? Janela reflete crise financeira

Marcos Rocha se destaca como um dos reforços de 2018 (Divulgação)

Marcos Rocha se destaca como um dos reforços de 2018 (Divulgação)

Clubes sem reforços mesmo em dezembro. Essa é a realidade que estamos acompanhando no futebol brasileiro nesta janela de transferências. Nunca foi tão complicado para os dirigentes montar seus elencos para a próxima temporada. Um reflexo da grave crise financeira que o Brasil vem atravessando nos últimos anos. A criatividade inclusive tem sido um exercício diário.

Acostumados a protagonizarem grandes transações os clubes paulistas são um alerta de que as coisas não estão saindo dentro do esperado. Vedete nas últimas janelas, o Palmeiras conseguiu empolgar apenas com a chegada de Marcos Rocha. O lateral do Atlético-MG foi contratado em uma troca que levou Roger Guedes para o Galo.

Campeão brasileiro, o Corinthians sofre com uma crise financeira e com as incertezas de seu processo eleitoral. O Santos, com presidente definido, teve que pegar um empréstimo para tentar pagar o valor da multa que tira o técnico Jair Ventura do Botafogo. O São Paulo teve seus principais reforços anunciados apenas para o departamento de futebol, como os ex-jogadores Ricardo Rocha e Raí.

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No Rio de Janeiro o Flamengo, que tem a melhor situação financeira, não empolga e ainda corre o risco de perder seu treinador. O colombiano Reinaldo Rueda estaria a caminho da seleção chilena. O clube investe em nomes que estariam disponíveis e que poderiam ser contratados pelo salário. Como o lateral Zeca, que estaria tratando do desligamento do Santos.

– O futebol brasileiro, como um todo, atravessa um momento complicado financeiramente e não é possível fazermos loucuras. Não podemos nos endividar. Essa era já passou. É preciso investir com responsabilidade – explicou Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo.

O Flamengo de Bandeira de Mello também está sendo cauteloso (Divulgação)

O Flamengo de Bandeira de Mello também está sendo cauteloso (Divulgação)

O Vasco foi quem mais contratou até aqui, mas nomes de menor expressão e que não empolgam, como o argentino Desábato e o atacante Rildo. O Botafogo tem sofrido um desmanche com a saída de seu técnico e de alguns nomes importantes do elenco, como Roger, que foi para o Internacional. A saída do volante Bruno Silva não foi sacramentada porque o Cruzeiro sequer vem conseguindo dinheiro para pagar pelo jogador.

Outro gigante carioca, o Fluminense dispensou nomes importantes como o goleiro Diego Cavalieri e o zagueiro Henrique, sem saber se os mesmos vão aceitar uma rescisão amigável. O Tricolor é quem vem encontrando mais problemas financeiros neste momento.

Outros centros também sofrem com falta de dinheiro

Não é apenas a Região Sudeste que vem sofrendo com a falta de dinheiro. No Sul, o Grêmio, campeão da Libertadores, sofre com o risco de um possível desmanche. Paranaenses e catarinenses também não conseguem grandes feitos.

No Nordeste, Bahia, Vitória e Sport estão tendo seus elencos atacados por outros clubes. O Leão pernambucano, por exemplo, viu seu principal jogador, o meia Diego Souza, se transformar em vedete em um cenário onde veteranos acabam enchendo os olhos pelo custo benefício. O jogador está nos planos, por exemplo, do São Paulo.

Neste cenário, os clubes brasileiros parecem cada vez mais vítimas do momento financeiro e principalmente de um quadro pintado por eles mesmos ao aceitarem pagar salários bem acima da realidade do país, inclusive para jogadores medianos. A conta uma hora ia chegar!

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