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O novo Vasco: Seria Ramon um discípulo de Jesus?

Passadas duas partidas do Vasco sob o comando de Ramon Menezes, fica a pergunta, o que mudou no time? Afinal, os jogadores são os mesmos da época de Abel Braga.

Ramon Menezes (Foto: Carlos Gregório/Vasco)

Aos poucos, vamos conhecendo o Ramon treinador, sua filosofia de trabalho e como ele enxerga o futebol dentro e fora do campo. Curiosamente, não há como não reparar as semelhanças com o estilo de Jorge Jesus, o badalado “Mister” do Flamengo.

O envolvimento com todos os departamentos do clube ligados ao futebol, o jogar pelo prazer, a recomposição em campo, a pressão sobre o adversário, a busca pelo melhor de cada atleta. Todas características marcantes do técnico português com as quais Ramon declaradamente se identifica.

Selecionamos algumas declarações do treinador do Vasco e seus jogadores que mostram como ele pensa.

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O envolvimento com os departamentos do clube

– Essa minha volta ao clube me ajudou muito para que eu chegasse até esse momento. Porque eu vi muita coisa e eu sou um cara muito curioso. Eu quero saber das coisas. Hoje a gente sabe que o clube tem vários departamentos, então eu me dou bem com todos. Antes de ser o treinador eu participava de todas as reuniões. Estava envolvido em praticamente tudo, fisiologia, a Maíra que é a psicóloga, o Paulinho, que é o nutricionista, a parte física. Então eu sempre me dei muito bem com isso, e logo quando assumi eu tive uma reunião com todos os departamentos, porque na verdade o treinador não ganha sozinho.

Melhorar o rendimento individual

– Lá atrás, logo nas minhas primeiras entrevistas como treinador do Vasco, eu disse que uma coisa que estava a meu favor é o conhecimento que eu tenho do clube e dos atletas. A respeito de como eu vou fazer para esses atletas rendam ainda mais. Então eu comecei a estudar pensando nas características do que a gente tem na mão.

Jogar com mais prazer

– E depois do jogo (contra o Macaé) eu dediquei a vitória aos atletas, porque eles ficaram muito tempo sem jogar futebol. E essa mudança de comportamento é uma ideia nova, é um pensamento de jogar futebol com mais prazer, de você ter a bola. Porque é muito bom você ter a bola. Agora a gente tem que evoluir quando não tem a bola, melhorar no pós-perda, criar mais variações.

O que disse o volante Andrey

– Ponto forte (da ideia de Ramon) acho que é a gente gostar de ficar com a bola, ditar o jogo e fazer o adversário sofrer. Quando a gente perder, temos que ter de seis a sete segundos para recuperar a bola. Esse perde e pressiona.

Seja Jorge Jesus a inspiração de Ramon, ou não, o que temos hoje é um Vasco diferente. Não só dentro de campo, como fora dele, o ambiente no clube mudou para melhor. A torcida vê renovada sua confiança no time e acredita em dias melhores.

Na Copa do Brasil, uma virada diante do Goiás no jogo de volta ganha o status de “totalmente possível”. No Brasileiro, dá pra sonhar com algo mais do que lutar pra não cair.

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