Em seu último ano à frente do Flamengo, o presidente Eduardo Bandeira de Mello vai para o 13º técnico na gestão. Paulo César Carpegiani não resistiu à eliminação para o Botafogo no Campeonato Carioca e foi demitido, nesta quinta-feira. Carpegiani assumiu em janeiro. Dezessete jogos depois, dá adeus ao Rubro-Negro. Em 63 meses de gestão, a média de permanência de cada comandante é um pouco acima de cinco meses.
Dos 12 técnicos da era Bandeira de Mello, nove foram demitidos, dois pediram para sair e um se afastou por problema de saúde (Muricy Ramalho, em 2016). Quem mais durou no cargo foi Zé Ricardo, que ficou cerca de 15 meses, sendo demitido em agosto do ano passado.
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Bandeira de Mello vai encerrar a gestão como presidente do Flamengo tendo trocado de técnico pelo menos uma vez em cada ano. De 2013 para cá, nunca um treinador comandou o clube de janeiro a dezembro. Sempre houve mudança.
Os técnicos do Flamengo na era Bandeira
Dorival Júnior
Bandeira de Mello assumiu o Flamengo, em 2013, com Dorival Júnior como técnico, da gestão Patricia Amorim. O treinador não durou muito – os resultados não influenciaram tanto na demissão. A saída foi mais em função do reajuste de contrato que teria, acertado na época da Patricia.
Jorginho
Primeiro técnico escolhido pela gestão de Bandeira de Mello. Assumiu no Estadual, em março de 2013, não teve sucesso e foi demitido logo no começo do Campeonato Brasileiro, em junho.
Mano Menezes
Considerado o grande sonho para um trabalho a longo prazo, pediu demissão de forma surpreendente. Ficou do fim de junho a meados de setembro. Mano Menezes comandou o Flamengo em 22 jogos, com nove vitórias, seis empates e sete derrotas.
Jayme de Almeida
Era auxiliar e foi efetivado no cargo, em setembro. Jayme de Almeida conquistou o título da Copa do Brasil de 2013 e o Carioca do ano seguinte. A queda na primeira fase da Libertadores e começo ruim do Brasileiro pesaram e culminaram na demissão, ocorrida em maio de 2014.
Ney Franco
Durou apenas sete jogos. Sem conseguir uma vitória sequer, Ney Franco foi demitido do Flamengo. Ficou apenas dois meses no clube em 2014.
Luxemburgo
Voltou para o clube, em julho de 2014, para tirar o Flamengo da “zona da confusão”, termo criado para se referir à proximidade com a zona do rebaixamento. Conseguiu e chegou à semifinal da Copa Brasil, sendo eliminado pelo Atlético-MG após goleada. Iniciou 2015. Sem sucesso no Carioca e com começo ruim no Brasileiro, foi demitido em maio. Saiu disparando contra a diretoria, dizendo que não entendiam de futebol.
Cristóvão Borges
Outro técnico que não teve vida longa – chegou no fim de maio e ficou até meados de agosto. Comandou o Flamengo em 18 jogos no Brasileiro e foi demitido, após oito vitórias, um empate e nove derrotas.
Oswaldo de Oliveira
Com 100% de aproveitamento nos seis primeiros jogos, levou o Flamengo ao G-4 do Brasileiro. Porém, o rendimento caiu, assim como o time na tabela e o próprio técnico, antes do fim do torneio.
Muricy Ramalho
Em 2016, cercado de expectativa para um trabalho de médio a longo prazo, Muricy Ramalho comandou o Flamengo até apenas a primeira rodada do Brasileiro. Com problema de saúde (arritmia cardíaca), deixou o time em maio. O trabalho não foi dos melhores, com eliminação no Carioca, Primeira Liga e Copa do Brasil.
Zé Ricardo
Campeão da Copinha de 2016, Zé Ricardo foi chamado para ser interino. Foi efetivado e levou o Flamengo à Libertadores. Ganhou o título do Carioca de 2017 de forma invicta. Porém, caiu na primeira fase da Libertadores. A pressão aumentava a cada resultado ruim no Brasileiro. Foi demitido no início de agosto.
Rueda
Chegou prestigiado, com apoio da torcida. Levou o Flamengo a duas finais, mas perdeu a Copa do Brasil e Sul-Americana. Terminou o Brasileiro na sexta colocação, com vaga na fase de grupos da Libertadores. Trocou o Rubro-Negro pela seleção chilena. Comandou o Fla em 31 jogos, com 13 vitórias, dez empates e oito derrotas.
Carpegiani
A princípio, Paulo César Carpegiani seria coordenador do Flamengo. Porém, com a saída de Rueda, ele passou a ser o técnico. Durou apenas 17 jogos (11 vitórias, três empates e três derrotas). O fim da linha foi a eliminação para o Botafogo na semifinal do Carioca. Carpegiani fez quatro mudanças no time, além de improvisar Everton na lateral esquerda. Não funcionou. Pagou caro.
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