Aliás, o documento apresentado ao Ministério das Relações Exteriores mostrou decepção sobre a resposta das entidades. Além disso, as reuniões visaram entender a distribuição das competências sancionadoras nos casos envolvendo Vini Jr.
– Cumpre reconhecer que meus três interlocutores concordam que os episódios não deveriam ter lugar em nenhum contexto […] No entanto, também é verdade que nem La Liga, nem a Federação e nem o Real Madrid parecem assumir com clareza nenhuma responsabilidade pelo ocorrido. A maior exposição mediática do problema do racismo no futebol espanhol tem evidenciado, pelo contrário, desentendimento, acusações e disputa de poder – diz trecho do documento.
O que autoridades falaram sobre o caso Vini Jr?
Foto: JOSE JORDAN/AFP via Getty Images
O embaixador Ribeiro relatou que o presidente de LaLiga admitiu erro ao acusar Vini Jr. e criticou a inação do Ministério Público espanhol. O então presidente da RFEF culpou sua própria entidade, enquanto Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, criticou os outros dois líderes.
Orlando Leite Ribeiro concluiu de forma pessimista que o assunto poderia perder força. No entanto, um ano depois, um julgamento condenou três homens, marcando a primeira vez na história que alguém foi preso por ofensas racistas dentro de estádios espanhóis.
– Para (Florentino) Pérez, a raiz do problema seria bastante simples: os culpados seriam os árbitros e a RFEF. Os primeiros por serem corruptos, a segunda, por inércia e condescendência. Também criticou o presidente da LaLiga (Tebas), que se aproveitaria da crise para buscar obter mais poder sancionador. Além disso, Florentino Pérez afirmou que Vini Jr é chamado de “mono” porque é o melhor jogador da atualidade, além de ser o que mais recebe faltas na primeira divisão espanhola – afirmou.
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