As últimas semanas mostraram ao mundo o lado desumano das duas principais entidades continentais do futebol. A Uefa e a Conmebol deram exemplos de desumanidade em episódios que ganharam relevância internacional. Além disso trazem o debate sobre a necessidade de os jogadores se organizarem para cometer abusos dos dirigentes em busca de receita.
A Conmebol abriu o cardápio de desumanidade ao obrigar o River Plate a entrar em campo sem goleiro para enfrentar o Santa Fe. Com quase todo o elenco tendo testado positivo para a Covid-19, o técnico Marcelo Gallardo teve que improvisar.
A épica vitória por 2 a 1 e a atuação de gala do volante Enzo Pérez como goleiro serviram para mostrar o brio do elenco. Mas deixaram ainda mais cristalina o lado desumano da Conmebol e de seus cartolas. Assim a Conmebol passou vergonha mundial. Entretanto isso não deve parar seus dirigentes.45
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Quem pensa que cruzando o Oceano Atlântico a situação muda não está vendo a Eurocopa. No último sábado o meia Eriksen deu um susto ao desabar desacordado em campo no duelo entre a sua Dinamarca e a Finlândia pela Eurocopa. Após várias tentavas de reanimar o jogador, de cenas como sua esposa chorando em campo e de torcedores apáticos, o jogador resistiu e agora vai precisar passar por uma bateria de exames.
Schmeichel desmascarou a Uefa
Quem pensa que o jogo foi interrompido se engana. O duelo recomeçou no mesmo dia com triunfo finlandês por 1 a 0. Mas no dia seguinte a Uefa disse que a partida recomeçou por vontade dos atletas. Entretanto foi uma desculpa hipócrita e que caiu por terra após o desabafo do experiente goleiro dinamarquês Peter Schmeichel.
– Ontem, eu vi a nota oficial da UEFA que dizia que estavam a seguir a vontade dos jogadores, que insistiram em jogar. Eu sei que isso não é verdade. A UEFA nos deu três opções: a primeira foi jogar imediatamente e acabar os restantes 50 minutos que ainda faltavam do encontro; a segunda foi recomeçar a partida ao meio-dia de domingo; a terceira foi abandonar o jogo e perder 3-0. O que realmente é importante aqui ressaltar é: será que os jogadores queriam mesmo jogar ou não tiveram outra opção? Eu não penso que tenham tido. O próprio treinador disse que lamentava, na conferência de imprensa depois do jogo, o fato de os jogadores terem de entrar em campo outra vez” – disse o goleiro ao site ‘Good Morning Britain’.
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As atitudes de Conmebol e Uefa mostram o lado desumano de seus dirigentes e deixam evidentes a maior necessidade de os jogadores se organizarem.
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