Na final da última edição da Champions League o PSG enfrentou o Bayern de Munique e foi derrotado. No banco de reservas do time francês estava o técnico alemão Thomas Tuchel. Como capitão, liderando a zaga, o brasileiro Thiago Silva. Passado um ano os dois estarão novamente na decisão do principal torneio de clubes do continente europeu. Mas dessa vez defendendo as cores do Chelsea. Ambos têm em comum o fato de não terem servido para o PSG.
Abrir mão dos dois apenas reforça a tese de que o PSG ainda precisa evoluir muito administrativamente para ganhar uma Champions League. O espanhol Pep Guardiola precisou de quatro temporadas para levar o Manchester City à final de uma Champions League. Mas a sua demissão nunca foi cogitada pelo Grupo City, que vem conseguindo colocar tentáculos em vários países. Tuchel foi fisgado pelo Chelsea tão logo o clube demitiu Lampard em dezembro. Internamente os azuis não entendia como ele foi dispensado pelo PSG.
Enquanto City e Chelsea valorizam os treinadores e tentam formar elencos sólidos, Nasser Al-Khelaifi, presidente e dono do PSG, parece mais preocupado em manter as estrelas Neymar e Mbappé. Mas a falta de um projeto sólido de conquistas pode afastar até mesmo os dois craques do clube parisiense. O Barcelona flerta com o brasileiro, enquanto que o francês namora firme com o Real Madrid.
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Após a classificação, diante do poderoso Real Madrid, com direito a uma vitória por 2 a 0 e um banho tático em Zinedine Zidane, Tuchel cutucou o PSG.
– Não preciso provar nada ao PSG e nem pensar no que ficou para trás. Sou muito grato ao futrebol, pois todos os dias existem caras que acreditam no meu trabalho e me colocam no comando técnico do time deles. Sou muito feliz no Chelsea – cutucou ele, que teve problemas de relacionamento com o diretor de futebol Leonardo.
Thiago Silva lembrou desprezo
As polêmicas com Leonardo aconteceram justamente porque Tuchel enxergava a necessidade de reforços capazes de fazer do PSG um time menos dependente de Neymar e Mbappé.
Thiago Silva, que foi dispensado após oito anos de contrato, também mostrou certa mágoa. Mas evitou críticas públicas.
– O PSG deixou o Tuchel e eu irmos embora. Essa foi a escolha do clube. Nós não devemos ficar pensando no que passou. Temos que pensar na final da Champions League a na possibilidade de ganharmos o título – disse ele.
Enquanto Chelsea, Tuchel e Thiago Silva sonham com a Champions League, Nasser Al-Khelaifi, Leonardo e PSG tentam entender o que gerou a eliminação nas semifinais. Mas a história recente deixa esses motivos mais evidentes.
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