Futebol Internacional

Seleções Europeias desistem de usar braçadeira One Love com medo de punição

Pelo menos sete seleções europeias já anunciaram, nesta segunda-feira, que os seus capitães não vão utilizar na Copa do Mundo do Catar a braçadeira da Campanha One Love. O receio é que a Fifa puna os atletas com sanções esportivas.

A faixa faz parte do movimento contra o preconceito de homofobia e em apoio à causa LGBTQIA+.

Faixa “One Love”/ (Photo by ANDRE PAIN/AFP via Getty Images)

As federações de Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Inglaterra, País de Gales e Suíça enviaram um comunicado sobre a desistência de usar o acessório com as cores do arco-íris.

“Estamos muito frustrados com a decisão da Fifa, que acreditamos que é sem precedentes. Escrevemos para a Fifa em setembro informando nosso desejo de vestir a braçadeira One Love para apoiar ativamente a inclusão no futebol, e não tivemos resposta. Nossos jogadores e treinadores estão desapontados. Eles são fortes apoiadores da inclusão e irão mostrar seu apoio de outras formas”, diz o comunicado de federações europeias.

O atacante Harry Kane, capitão da Inglaterra, seria o primeiro jogador a usar a braçadeira nesta segunda, diante do Irã.

No sábado, a Fifa anunciou uma campanha em parceria com a ONU para a exibição de mensagens humanitárias nas faixas usadas pelos capitães das 32 seleções que disputam o Mundial.

No entanto, a ação foi entendida por algumas seleções como uma tentativa da Fifa de tentar abafar a campanha One Love.

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A iniciativa de usar a braçadeira One Love foi lançada pela Holanda anos atrás e não está relacionada apenas ao combate à homofobia.

Mesmo com o uso das cores do arco-íris, a campanha também protesta contra o racismo e outras formas de preconceito. A indumentária tem um coração e o número 1, em uma referência à união em torno do amor.

Recentemente, o Catar, país-sede da Copa do Mundo, recebeu muitas críticas de Ongs pelo seu histórico de problemas relacionados aos direitos humanos.

Além de proibir a homoafetividade para homens e mulheres, o país também é questionado sobre o tratamento aos trabalhadores imigrantes e da posição em relação aos direitos das mulheres.

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