Dossiê Manchester City: cuidados que o Fluminense precisa tomar em possível final do Mundial

A bola começou a rolar para o Mundial de Clubes. A principal expectativa do torneio é uma possível final entre o Fluminense, campeão da Copa Libertadores, e o Manchester City, dono da última Champions League.

No clima do Mundial de Clubes, o MAIS QUE UM JOGO se debruça sobre o Manchester City e aponta os principais detalhes do time de Pep Guardiola.

O poderoso Manchester City

O Manchester City começou a temporada como o time a ser batido na Champions League e na Premier League. Até aqui, o time de Pep Guardiola fez “o dever de casa” na Champions e garantiu classificação para o mata-mata com propriedade. Já uma sequência de tropeços na Inglaterra fez o City se distanciar da ponta do torneio.

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Olhando agora para as questões táticas, a equipe do técnico Pep Guardiola atua com as linhas bem adiantadas, sempre concentrando um bloco de jogadores na faixa de campo onde a bola está, para que assim possa recuperá-la o mais rapidamente possível dentro do campo de ataque e gerar situações de perigo de gol. Por curiosidade, a equipe do Fluminense também joga mais ou menos desta forma com o técnico Fernando Diniz, mas com algumas diferenças, sendo o grande trunfo para o City é que a equipe inglesa já possui este jeito de jogar bem mais aperfeiçoado, muito por conta do tempo de trabalho obviamente. Guardiola está no cargo desde 2016.

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Partindo para as principais jogadas que a equipe inglesa possui e que o Fluminense deve ficar atento, temos algumas que são bem marcantes desse time do Pep Guardiola e que podem causar muito problema para a equipe carioca. A primeira jogada muito característica do time inglês são as enfiadas de bola perto da grande área entre as linhas defensivas para furar o ferrolho do time adversário e a partir disso conseguir deixar o centroavante ou o atacante em condições claras de fazer o gol.

A segunda característica muito marcante do time é o alto controle da posse de bola, sempre girando de um lado para o outro, artifício utilizado justamente para bagunçar o sistema defensivo da equipe adversária e achar o espaço para finalizar, seja por intermédio do meia ou com os pontas, que são muito importantes. A intenção é sempre achar os pontas para gerar situações de um contra um. Phil Foden e Jack Grealish, por exemplo, buscam a todo o momento essa jogada de agressividade para achar o centroavante Erling Haaland dentro da área. Ele sempre busca dar profundidade à equipe para ter uma chance clara de finalização.

A terceira jogada característica é que, após sair de uma pressão do time adversário no campo defensivo, a equipe de Pep Guardiola busca sempre acelerar o jogo para que justamente assim consiga pegar o sistema defensivo do adversário bagunçado e com isso crie uma ótima situação de gol com uma superioridade numérica no campo de ataque.

O Manchester City construindo

Partindo agora para a parte de construção de jogadas, o City também tem alguns movimentos muito particulares e que exigirá muita atenção do time do Fluminense em caso de uma final. O primeiro deles é quando times marcam a saída de bola do adversário sob pressão, ou seja, tentam forçar o erro perto da área para ter uma chance clara de gol. Para sair disso, a equipe inglesa aposta muito no entrosamento da sua equipe. Por intermédio de aproximações dos jogadores em determinada faixa do campo, especialmente onde a bola está, para ter uma vantagem numérica, o time consegue sair do bloco de pressão do seu adversário, pois sempre acaba sobrando um atleta livre de marcação.

Ainda na parte da construção, um atleta muito importante para ajudar a organizar e sair da pressão adversária é o goleiro Ederson, pois quando a bola é recuada para ele, o time do City automaticamente já se ajeita voltando cada um para a sua posição, para que assim possa novamente se organizar e criar de novo as jogadas ofensivas. Além disso, o goleiro Ederson também é muito bom no artifício da bola longa, sendo esse um fator muito importante para conseguir quebrar o primeiro bloco de marcação do adversário. A partir disso, pode também gerar situação de superioridade numérica no campo ofensivo, ficando mais fácil de fazer o gol.

Em caso de uma eventual final, a equipe do técnico Fernando Diniz deverá se preocupar também com um fator que a equipe dele não está habituada a enfrentar, que é não ter o amplo domínio da posse de bola. Assim como o Fluminense, o Manchester City também preza por ter a bola sob controle. Devido à superioridade técnica existente entre os dois times, pode acontecer do Tricolor das Laranjeiras ter de se adaptar à outra forma de jogar para que possa competir nesse jogo em específico, pois mesmo com o Fluminense tendo um grande time, o City tem uma verdadeira seleção mundial, podendo fazer a diferença na hora da partida.

Indefinição no City

Com todos esses cuidados táticos que foram listados que o Fluminense precisa se preocupar, por outro lado, o torcedor do Tricolor Carioca pode se animar com indefinições do Manchester City. Kevin De Bruyne e Erling Haaland têm problemas físicos. O meia belga está fora desde o início da temporada. Ele está na reta final de recuperação de lesão muscular. A presença dele no Mundial é incerta. O craque é o cérebro do time e uma perda de peso.

Já Erling Haaland pode chegar ao Mundial “baleado”. O artilheiro se recupera de um estresse ósseo. Guardiola não sabe se vai tê-lo à disposição contra o Crystal Palace, último compromisso antes da viagem para a Arábia Saudita. De qualquer maneira, Haaland pode disputar o Mundial sem estar voando, com ritmo de competição.