Dono da SAF, Textor ‘desdenha’ do Crystal Palace: ‘Quero um clube no topo da liga’

Dono da SAF do Crystal Palace, John Textor quer vender suas participações no clube porque quer, segundo as palavras dele, ser dono de um clube que possa conquistar títulos. Aliás, o empresário quer vender sua participação também por ser dono de apenas 45% das ações e não conseguir se tornar sócio majoritário.

– Eu quero estar envolvido em um clube inglês que ganhe campeonatos, no topo da liga. E isso requer assumir riscos que podem igualmente te levar para o caminho contrário. Não sei se essa estratégia necessariamente é correta para o Palace. Deve haver outras pessoas um pouco mais pacientes que eu, e talvez a impaciência não seja necessariamente boa para o Palace – explicou “The Athletic”.

John Textor é dono de Botafogo, Crystal Palace, Lyon, entre outros clubes (Foto: Divulgação)

TEXTOR QUER NOVO CLUBE

Pensando nisso, o empresário que também é dono da SAF do Botafogo quer dar um chapéu na 777 Partners. Isso porque a empresa está encontrando dificuldades jurídicas e financeiras em manter seus clubes, como o Vasco da Gama, e adquirir novos, como é o caso do Everton, da Premier League. Esse, inclusive, é o novo alvo de Textor na Premier League.

– Sim (teve conversas sobre a compra do Everton). Perguntei se existe uma maneira de resolver essa confusão. Estou observando, mas a 777 ainda tem contrato. Há pessoas próximas ao clube que se preocupam sobre quem está investindo. É bastante confuso e alguns coisas precisam ser limpas – afirmou.

A 777 Partners tem acordo para comprar 94% do Everton, que pertencem ao empresário britânico-iraniano Farhad Moshiri, em um negócio de mais de 550 milhões de libras (R$ 3,3 bilhões). Apesar disso, até hoje a Premier League não ratificou a aquisição, estabelecendo uma série de condições para que a 777 cumpra.

A empresa americana enfrenta uma grave crise financeira e está sendo processada por fraude nos Estados Unidos. Textor está de olho na situação, mas precisa repassar o Crystal Palace antes de adquirir o Everton, isso porque a Premier League não permite que um mesmo dono comanda duas equipes distintas na elite do futebol inglês.