Nada mais será igual logo após a pandemia do novo coronavírus, ao que parece. Sobretudo no mercado do futebol, que é na verdade uma grande indústria geradora e circuladora de… dinheiro. A considerar o caminho que se está tomando no mundo inteiro, o suporte financeiros dos clubes não será mais o mesmo a longo prazo.
O futebol não será o mesmo ao fim da pandemia Covid-19 – Site Juventus
De acordo com levantamento do Transfermarkt, a média de de desvalorização monetária dos jogadores está em torno de 20%. Há, no entanto, uma ressalva para jogadores nascidos a partir de 1998 – com 22 anos ou menos, atualmente – cuja desvalorização está em torno de 10%.
Mathias Seidel, fundador do Transfermarkt, diz que os dados confirmam que o mercado está entrando em colapso. Existe sim a ameaça de clubes tradicionais no futebol saírem do mapa para sempre.
“O mercado entrou em colapso, muitos clubes podem estar ameaçados de insolvência e os planos de transferência foram suspensos devido às muitas incertezas que existem na maioria das equipes. É praticamente inconcebível que os preços de transferência continuem a subir no futuro como nos últimos anos”, afirmou.
Seidel ressaltou que pode haver exceções, porém, raras. Nesse cenário, o espírito competitivo – que é o que move a paixão pelo esporte – estaria comprometido.
Calendário
De fato, o calendário do futebol mundial está parado e sem previsão de retorno. O ano está praticamente perdido para campeonatos importantes como o Espanhol, conforme decisão recente da Real Federação de Futebol. Na Itália, a crise na saúde persiste. O clube mais abalado é justamente a Juventus, que investiu alto para manter-se como o mais importante do país. Porém, dificilmente poderá arcar com o salário astronômico de Cristiano Ronaldo. O craque português custa à Juve 31 milhões de euros por temporada – cerca de R$ 176 milhões.
De acordo com a consultoria Deloitte, a Juventus faturou 65,6 milhões de euros na temporada 2018-2019, no embalo da inauguração de sua nova arena. Agora, quando o financeiro deveria decolar, justamente aí vem o baque do coronavírus. A pergunta que não quer calar: como será a temporada 2020-2021?
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