Assassinato pressiona Premier League a brecar venda do Newcastle

Um assassinato pressiona a Premier League a impedir que o Newcastle seja vendido para o príncipe saudita Mohammed Bin Salman. O acordo era dado como certo. Entretanto, nesta sexta-feira, Richard Masters, o presidente da Premier League, revelou que a venda do clube britânico pode realmente ser impedida pela Liga. Hatice Cengiz, viúva do jornalista Jamal Khashoggi, impetrou um recurso na entidade solicitando que a negociação seja interrompida.

Mohammed Bin Salman (de barba) tem sangue nas mãos?

Jamal Khashoggi foi assassinado em 2018 no consulado da Arábia Saudita em Istambul, país onde se encontrava exilado. Na época o príncipe saudita foi tratado como o mandante do crime, embora nada ainda tenha sido comprovado. O processo segue correndo na Justiça. O jornalista é crítico do regime saudita e fala-se que ele estava perto de descobrir um grande esquema de corrupção na Arábia Saudita.

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No recurso impetrado pela viúva do jornalista, Hatice Cengiz diz que a venda do Newcastle “têm sangue nas mãos”. A Premier League deve se posicionar até o fim de junho sobre a decisão que vai tomar neste caso.

Newcastle custa 300 milhões de libras

Mohammed Bin Salman pretende comprar o Newcastle das mãos de Mike Ashley por 300 milhões de libras (aproximadamente R$ 2,1 bilhões). O grupo saudita liderado pelo príncipe é muito mais poderoso financeiramente do que, por exemplo, o fundo que comanda o Manchester City e que recentemente bagunçou o mercado inglês. A expectativa é que o Newcastle seja o clube mais poderoso financeiramente da Inglaterra nos próximos anos.

Richard Masters pode fazer Premier League brecar venda do Newcastle (Foto: Getty)

Recentemente alguns jornais europeus chegaram a publicar que o Newcastle tentaria a contratação de estrelas do futebol internacional, como o meia argentino Lionel Messi e o atacante brasileiro Neymar. Mas os rumores ainda não foram confirmados.

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Além de ter grande capital financeiro, o Newcastle passaria a estar reforçado em um momento que outro gigante das finanças da Inglaterra, o Manchester City, está punido por falta de Fair Play financeiro e, portanto, impedido de disputar a Champions League por duas temporadas. Além disso, não poderá fazer grandes investimentos.