O cenário atual indica que o Flamengo não terá Guerrero na reta final do Brasileiro e na semifinal da Copa Sul-Americana. O atacante foi suspenso provisoriamente pela Fifa após um resultado analítico adverso em exame antidoping no duelo entre Peru e Argentina, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, no dia 5 de outubro. Qual o impacto da ausência do camisa 9 para o Fla? Como é o retrospecto do time com e sem o atleta? Quem será o substituto de Guerrero? A cabeça do torcedor rubro-negro fervilha em busca de respostas e soluções…
Os números mostram a importância de Guerrero para o Flamengo na temporada. O peruano disputou 44 dos 73 jogos realizados pelo Rubro-Negro até aqui e marcou 20 gols. Com o camisa 9, o aproveitamento do time é de 68,1% dos pontos. Além disso, 66% dos gols da equipe saíram em partidas que o atacante entrou em campo.
Guerrero ficou fora de 29 jogos do Fla em 2017, seja por convocação, por lesão e até mesmo por ter sido preservado. Sem o camisa 9, o aproveitamento rubro-negro cai para 48,2% dos pontos. Além disso, o time não balançou a rede em dez oportunidades (com Guerrero o Flamengo não fez gol em seis partidas).
A vida do Flamengo sem Guerrero
Dois jovens atletas disputam a missão de substituir Guerrero: Felipe Vizeu e Lucas Paquetá. Vizeu foi titular nos dois últimos jogos e vem recuperando espaço no Flamengo. Ele seria o substituto imediato do peruano. Porém, viu Paquetá, meia de origem, passar à frente, mesmo jogando de forma improvisada.
Com a saída de Leandro Damião – era outro substituto de Guerrero – para o Internacional, o caminho ficou livre para Vizeu, mas o rendimento não foi o mesmo de 2016. Além disso, o atacante se machucou no duelo com o Paraná, pela Primeira Liga, no dia 30 de agosto. Paquetá aproveitou a brecha no ataque. Agora, Vizeu recupera terreno. Porém, dá para dizer que a briga está em aberto.
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Reinaldo Rueda, às vésperas do decisivo Fla-Flu pela Sul-Americana, elogiou os jovens, mas pediu reforço para o setor em 2018 (antes mesmo de estourar a bomba de um possível doping e suspensão do peruano) pensando na ausência de Guerrero em ano de Copa do Mundo.
“O Flamengo precisa pensar em alternativa à parte de Vizeu, de Paquetá. Temos de contar com outro jogador”, declarou Rueda, no dia 31 de outubro.
Flamengo com Vizeu e Paquetá
Guerrero é peça-chave para o time. Além dos gols, o camisa 9 é fundamental ao segurar a bola no ataque, fazendo o papel de pivô, e também distribui assistências. Vizeu e Paquetá, com características diferentes, tentam ser a solução para o problema.
Vizeu é o centroavante de ofício. Ele oferece presença de área e tenta também fazer o pivô. Em 28 jogos no ano, ele marcou cinco gols, três a menos do que em 2016, quando disputou 26 partidas. Porém, o gol no Fla-Flu deu moral ao jovem de 20 anos e a esperança de repetir as atuações que empolgaram a torcida.
Meia de origem, Paquetá, também de 20 anos, tem tem mais mobilidade do que Vizeu. Mesmo jogando como centroavante, ele se movimenta mais e procura as pontas. Além disso, dá uma ajuda maior na marcação e recomposição. Em 2017, o jovem tem 28 jogos e quatro gols, com destaque para o do primeiro jogo da final da Copa do Brasil, quando substituiu Guerrero, que estava suspenso.
Rueda testou uma outra possibilidade na função. Geuvânio atuou como centroavante na derrota para o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro. Porém, não rendeu, sendo substituído no intervalo. Foi a única vez em que o técnico não usou Guerrero, Paquetá ou Vizeu no setor.
Flamengo com Guerrero
Jogos: 44
Vitórias: 26
Empates: 12
Derrotas: 6
Aproveitamento: 68,1%
Gols marcados: 81
Jogos em que não marcou: 6
Flamengo sem Guerrero
Jogos: 29
Vitórias: 10
Empates: 12
Derrotas: 7
Aproveitamento: 48,2%
Gols marcados: 40
Jogos em que não marcou: 10
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