Ao longo da história, o Flamengo contou com muitos jogadores que, mesmo não sendo titulares, caíram nas graças da torcida. Atletas que careciam da regularidade para estar entre os onze, mas que sabiam incendiar um jogo saindo do banco.
Fosse pelos gols marcados, pelos dribles desconcertantes ou pela garra, eram jogadores nomes que a torcida pedia. Alguns vestiram a camisa do Flamengo por muito tempo, como foi Obina. Outros tiveram poucas oportunidades, como foram os casos de Lê e Rafinha. Estes dois estrelas da base que não conseguiram se firmar nos profissionais.
A seguir, o MAIS QUE UM JOGO relembra alguns desses xodós do Flamengo:
Caio Ribeiro
O hoje comentarista esportivo Caio Ribeiro chegou ao Flamengo em 1998 para formar dupla de ataque com Romário. Entretanto, lesões e irregularidade em campo o impediram de conquistar a titularidade. Entrava, na maioria das vezes, no decorrer das partidas e “botava fogo” no jogo, o que o tornou “xodó” da torcida rubro-negra.
Com a saída de Romário, ganhou uma vaga na equipe em 1999 e fez sua melhor temporada no clube. Foi decisivo na conquista da Copa Mercosul, marcando três gols nos dois jogos da decisão contra o Palmeiras.
Lê
Da mesma geração de Juan, Júlio César e Reinaldo, o meia-atacante Lê foi destaque na base do Flamengo. Estreou na equipe principal em 1997, quando tinha apenas 18 anos de idade. Alcançou o ponto alto no Rubro-Negro ao marcar o gol que deu o título da Copa Mercosul em 1999.
Era tratado como joia desde a base, mas não conseguiu se firmar. Perdeu espaço quando o Flamengo acertou uma parceria com a ISL, que trouxe vários craques, como Petkovic, Denílson e Alex, para a sua posição.
Roma
Fisicamente muito parecido com Romário, o atacante Paulo Marcel ganhou o apelido de Roma. Chegou no Flamengo ainda na base vindo do Remo-PA. No rubro-negro carioca, jogou entre os anos de 2000 e 2003, e fez sucesso sempre saindo do banco. Seu gol mais lembrado é o que livrou o Flamengo do rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2001.
Obina
Entre 2005 e 2008, Obina trouxe muitas alegrias a torcida, que gostava de gritar “Obina é melhor que Eto’o”. Mesmo sem possuir uma técnica apurada, era oportunista e chutava bem de fora da área. Brilhou com dois gols na final do Carioca de 2008 contra o Botafogo. Marcou 47 gols em 182 jogos com a camisa do Flamengo.
Jean
O atacante Jean viveu uma relação de amor e ódio com a torcida rubro-negra, oscilando entre más atuações e gols decisivos. Após cinco anos na base do clube, foi puxado para os profissionais no começo de 2003. Rápido e habilidoso, tinha tudo para se firmar na Gávea. Seu melhor momento foi no Carioca de 2004, quando marcou três gols contra o Vasco nas finais.
César ‘El Tigre’ Ramírez
Destaque no Cerro Porteño, O atacante paraguaio César ‘El Tigre’ Ramírez desembarcou no Flamengo em meados de 2005. Com gols decisivos, ajudou a evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Terminou o ano como um dos principais nomes do Fla. Mas em 2006, o futebol do tigre começou a cair de rendimento e ele retornou ao Paraguai em 2007.
Hernane ‘Brocador’
O atacante Hernane Brocador chegou ao Flamengo para o Brasileiro de 2012, após ser vice-artilheiro do Paulistão pelo Mogi Mirim. Teve seu auge no clube em 2013 e foi artilheiro da Copa do Brasil, conquistada pelo Flamengo. Marcou 36 gols naquele ano, recorde rubro-negro no século 21 que só seria batido por Gabigol em 2019. Em 2014, despertou o interesse do futebol árabe e deixou o clube.
Rafinha
Veloz e habilidoso, o pequenino Rafinha surgiu como grande promessa de craque em 2013. Campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2011, tinha sido jogador do CFZ de Zico. Seu início foi promissor, com garnde atuação e golaço em clássico contra o Vasco pelo Carioca. O Flamengo deu a ele um contrato de 5 anos com multa rescisória de 50 milhões de Euros. Não conseguiu se firmar e deixou a Gávea no ano seguinte. Está atualmente no futebol mexicano.
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