Você sabia que esse jogador começou no Rubro-Negro, que foi promessa no Flamengo, mas virou ídolo em outro clube?
O lema “Craque, o Flamengo faz em casa” ficou famoso no final da década de 70. Título de uma reportagem da revista Manchete Esportiva, em 4 de abril de 1979, a frase virou bordão desde então. Seu criador foi o jornalista Geraldo Mainenti, inspirado no grande números de jogadores no time profissional oriundos da base.
O time que enfrentou o Liverpool na final do Mundial de 1981 tinha sete titulares formados na base. Leandro, Mozer, Júnior, Andrade, Adílio, Zico e Tita.
A atenção do Flamengo com suas divisões de base produziu muitos craques nas últimas décadas. Mas nem sempre esses jogadores conseguiram espaço no time, e acabaram saindo do clube. Alguns fizeram muito sucesso no futebol, mas são lembrados por seus desempenhos em outros clubes.
Confira a lista que MQJ elaborou para lembrar alguns desses nomes:
Leonardo
Formado nas categorias de base do Flamengo, Leonardo foi lançado nos profissionais em 1987, aos 17 anos. Permaneceu no clube até ser vendido para o São Paulo em 1990. No ano seguinte, foi campeão brasileiro no Tricolor sob o comando de Telê Santana. Fez sucesso depois na Europa atuando por PSG e Milan, além de tetracampeão com a Seleção em 1994.
Paulo Nunes
Campeão da Copa São Paulo de Juniores em 1990, Paulo Nunes subiu para o time principal no mesmo ano. Chegou a fazer sucesso e foi campeão da Copa do Brasil (1990) e brasileiro (1992). Deixou a Gávea em 1995 e, a partir daí, brilhou no Grêmio e no Palmeiras. Depois de conquistar uma Copa do Brasil e uma Libertadores em cada um, além de um Brasileirão pelo Tricolor Gaúcho, poucos se lembram de suas origens.
Djalminha
Um dos casos mais curiosos no Flamengo é o de Djalminha. Esteve na base do Flamengo por 12 anos antes de se profissionalizar. Campeâo brasileiro em 1992, se desentendeu com Renato Gaúcho e acabou emprestado para o Guarani no ano seguinte. Nunca mais atuou pelo Rubro-Negro. Se destacou no Palmeiras e chegou à Seleção Brasileira em 97. Se transferiu para o Deportivo La Coruña, da Espanha, onde brilhou até 2004.
Marcelinho Carioca
Outro campeão com os juniores em 90 e com os profissionais em 92, Marcelinho Carioca se transferiu para o Corinthians com apenas 21 anos. Diga-se de passagem, a ida para São Paulo se deu contra sua vontade, mas foi lá que ele explodiu. Virou ídolo no Timão, onde atuou por 429 jogos e marcou 206 gols.
Rodrigo Mendes
Vindo do Nacional-MG, Rodrigo Mendes desembarcou na base do Flamengo em 1991, com 16 anos. Aos 18, começou a ter oportunidades no time de cima. Chegou a fazer gols importantes, mas nunca conseguiu se firmar como titular. Sua melhor fase na carreira foi no Grêmio entre 2000 e 2002. Ele ainda esteve no Tricolor Gaúcho em 1996, 98 e 2008.
Marcelo Lomba
O Flamengo também teve grandes goleiros em suas divisões de base que não conseguiram se firmar nos profissionais. Marcelo Lomba chegou ao Flamengo em 2001 e atuou nas divisões de base do clube até subir para o profissional em 2006. Na sombra de Diego e depois de Bruno, conseguiu finalmente a posição com a saída de Bruno, em 2010. Mas seu status de titular durou pouco. Barrado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo em 2011, deixou o Rubro-Negro rumo ao Bahia. Foi escolhido o melhor goleiro do Brasileirão em 2011 e 2018, neste último jogando pelo Internacional.
Paulo Victor
No Flamengo desde 2004, quando chegou com 17 anos, Paulo Victor atuou em 173 partidas entre 2006 e 2016. Passou a ser segundo goleiro em 2011 e assumiu a titularidade em 2015, mas sempre alternou grandes atuações com momentos em que deixou a desejar. No ano seguinte dividiu a posição com Muralha e finalmente deixou o clube em 2017 rumo ao Grêmio. Em 2019 assumiu a titularidade no tricolor gaúcho e consagrou-se como herói do título estadual ao defender 3 pênaltis do maior rival, após o jogo ter terminado empatado.
Rafael Galhardo
Visto como grande promessa na lateral-direita, Rafael Galhardo chegou aos profissionais com 17 anos em 2009. Foi campeão brasileiro naquele ano e campeão sul-americano e mundial com a Seleção Brasileira sub-20 em 2011. No Fla, viveu na sombra de Léo Moura, capitão e titular da equipe até sair para o Santos em 2012. Conviveu com lesões no Peixe e teve seu auge na carreira em 2015, atuando pelo Grêmio. Atualmente faz parte do elenco do Vasco.
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