O Flamengo é um dos clubes com melhor saúde de do futebol brasileiro. No entanto, no último balanço divulgado pela diretoria, os rubro-negros viram sua dívida crescer em R$ 163 milhões.
Ex-vice de finanças, Wallim Vasconcellos minimizou a situação nas redes sociais.
“Aqueles preocupados com o endividamento do Flamengo, situação continua sob controle, de acordo com o balancete de junho 2020. Sem contar as operações do dia a dia, endividamento mesmo concentra-se no Profut, compra de atletas e empréstimos, total de cerca de 588 milhões somados. Aumento de 153 milhões comparado com 31/12/19, sendo 133 milhões com atletas e 20 milhões de empréstimo. Por outro lado, aumento do ativo de 74 milhões, por venda de atletas + caixa. Ou seja, aumento líquido da dívida de 79 milhões. Alguns comentários:+ parte da dívida com atletas a ser paga em 2021 em diante, quando se espera uma recuperação da receita; apartamentos do morro da viúva, no valor estimado de 134 milhões, ficarão prontos para venda no máximo no final de 2021, podendo ser vendidos inacabados ou emitir títulos lastreados na venda 54% do caixa em moeda estrangeira e mais recursos do Reinier para hedge no pagamento das dívidas em euros; caso necessário (que eu não acredito), dispõe de um elenco super qualificado e poderia se desfazer de algum dos atletas. Finalmente, os responsáveis (literalmente)área financeira do clube são pessoas experientes e compromissadas com o orçamento e a boa gestão financeira. Espero que tenha ajudado a esclarecer a situação financeira do Flamengo” escreveu.
Presidente da Comissão de Finanças cita pandemia
O presidente da Comissão de Finanças do Conselho Deliberativo do Flamengo, Claudio Pracownik, acrescentou e citou a pandemia como fator principal para a alteração.
“Acrescento à excelente análise do Wallim que a razão entre a dívida liquida total e o resultado operacional dos últimos 12 meses é absolutamente saudável. Não quero minimizar os graves efeitos que a crise global impôs também ao CRF. Ainda temos pela frente um ano imprevisível e desafiador, aonde novas receitas terão que ser geradas e o Fluxo de Caixa gerido à unha. Termino dizendo que apesar de tudo, terminamos o 1º semestre com uma performance financeira melhor do que aquela orçada e que temos a sorte de ter a frente do Clube pessoas extremamente sérias e competentes para atravessar esse momento de exceção que estamos vivendo” acrescentou.
Durante a paralisação do futebol, o Flamengo perdeu um patrocinador (Azeite Royal) e viu a fornecedora de material esportivo atrasar alguns pagamentos. Em contrapartida, os rubro-negros reduziram o salários do elenco, demitiu alguns funcionários e negociou jogadores vindos das categorias de base.
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Dentro de campo, o Flamengo viajou para o Equador, onde vai encarar o Independiente Del Valle-EQU, nesta quinta-feira, pela Libertadores.
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