Diretor executivo de futebol, Bruno Spindel concedeu entrevista nesta quarta-feira e falou sobre a volta do Carioca. O diretor do Flamengo critica postura do Flu e usa Bangu como exemplo. Para o dirigente, o processo de retorno do futebol, desde os treinos até os jogos, foi amplamente debatido na Federação.
– Em meados de março, num Conselho Arbitral foi amplamente debatido essa questão de se seguir naquele momento com o campeonato ou não. E a decisão da maioria foi de paralisar o campeonato. E foi combinado que se retornaria às atividades, aos treinos e depois o campeonato, assim que houvesse todas as autorizações. Ficou combinado entre os clubes que se seguiria esse processo – afirmou Spindel em Live no Canal Paparazzo Rubro-Negro.
– O Fluminense e o Botafogo, através de seus presidentes, do Bittencourt e do Mufarrej, sempre se colocaram contra o retorno do futebol. Mas a gente sempre entendeu que uma coisa é a posição do clube ser contra e outra é respeitar a democracia e a decisão do Conselho Arbitral. Eles tomaram a decisão de não voltar a treinar no momento que foi possível. Eles decirdiram não voltar com os treinos mesmo com as autorizações – continuou.
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Flu e Bota não respeitam decisão da maioria
Com a liberação do Governo do Estado e a sinalização da Prefeitura, o Conselho Arbitral voltou a se reunir. Por voto da maioria, foi decidido o retorno do campeonato em reunião de 9 horas de duração na segunda-feira.
– O Fluminense e o Botafogo deixaram claro, o Fluminense sempre de forma mais enfática e firme, que buscaria a Justiça se tivesse que jogar antes de um determinado prazo que ele precisava para voltar a jogar – pontuou Spindel.
Surgiu na reunião uma proposta de se criar tabelas alternativas para serem colocadas em votação. Neste caso, era necessário que todos respeitassem a proposta vencedora e estivessem de acordo em não recorrer à Justiça.
– O presidente Mário colocou que mesmo que fosse feito dessa forma, ele respeitaria a decisão do Conselho Arbitral mas que não entraria em campo e buscaria a decisão da Justiça, caso fosse uma tabela que não fosse aceitável para ele. Então os clubes entenderam que isso seria um risco muito grande ao processo, de não respeitar uma decisão do colegiado. E o colegiado decidiu ratificar a tabela que tinha sido feita na véspera e publicada hoje pela Federação – relatou.
Sacrifício dos pequenos
O diretor do Flamengo lembrou do esforço e dos custos bancados pelos clubes pequenos para estarem prontos para o retorno.
– A decisão não foi da Federação do Rio, ela é uma decisão do colegiado e de forma amplamente democrática. Debatida pelo colegiado com voto de 14 clubes e que foi combinada desde março. São meses e meses de sacrifício e trabalho duro. Vou dar o exemplo do Bangu, que já está desde o início das autorizações hospedado num hotel, bancando custo de centro de treinamento, do hotel, alimentação pros atletas. Cumprindo exatamente o que foi combinado. Então com esse clube e com outros não seria justo esperar um tempo maior, impor os custos adicionais a eles descumprindo algo que foi combinado há muito tempo – concluiu.
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