Botafogo

Túlio e Lucio Flavio podem reescrever história mal resolvida no Botafogo

Túlio Lustosa foi contratado para ser o gerente de futebol do Botafogo. Alguns dias depois Lucio Flavio foi anunciado como auxiliar técnico permanente do clube. Os dois têm em comum o fato de terem feito parte do time que ficou conhecido como “Carrossel do Cuca”. Apesar de jogar um futebol lindo e envolvente, o melhor do Brasil para muitos entre 2006 e 2008, o Glorioso só amargou decepções. Agora Túlio e Lucio Flavio podem reescrever essa história mal resolvida no Botafogo.

Túlio e Lucio Flavio no Carrossel de Cuca (Foto: Botafogo)

Túlio tinha sido fundamental na volta do Botafogo para a Primeira Divisão em 2003. Lucio Flavio foi campeão carioca pelo clube em 2006. Em 2007 ambos passaram a atuar juntos em um Botafogo dirigido por Cuca. O Botafogo logo ganhou corpo em um time que tinha nomes como Zé Roberto, Jorge Henrique e Dodô. No Campeonato Carioca de 2007 um gol anulado de Dodô nos acréscimos tirou o título contra o Flamengo. O erro da arbitragem foi grotesco. Só não foi tão grotesco quanto os erros de Ana Paula Oliveira, que anulou dois gols do time contra o Figueirense, culminando com a eliminação na Copa do Brasil.

Leia também:

Guilherme Santos lamenta tropeço diante do Goiás
Lazaroni define prioridades no Botafogo para a temporada

O Glorioso tinha um futebol de causar impacto, mas sempre algo aparecia para prejudicar o desempenho da equipe.

– O Botafogo tinha tudo para ter uma temporada espetacular. Mas o time sofreu com muitos problemas naquele ano. Infelizmente a arbitragem atrapalhou muito e isso tirou um pouco o foco – recordou pouco antes de morrer Bebeto de Freitas, presidente do clube naquela época.

Doping de Dodô e vexame na Argentina

River Plate eliminou o Botafogo (Foto: Reprodução Youtube)

Se o primeiro semestre foi marcado por erros de arbitragem o restante do ano teve o Botafogo escorregando nos próprios problemas. O time liderava o Campeonato Brasileiro quando Dodô, astro do time, testou positivo no exame antidoping. Assim ficou afastado dos gramados por meses.

Nitidamente o time sentiu o golpe. Para agravar a situação, gol se tornou uma posição de desequilíbrio do time. Max, Júlio César, Roger e outros se revezavam em busca de solucionar um drama que se agravava a cada fase.

Na última competição com real chance de título o Botafogo sofreu uma virada para o River Plate com dois jogadores a menos em campo, em uma das maiores vergonhas do time.

– Os jogadores são bonecas, tem que receber pipocas – bradou Carlos Augusto Montenegro, então colaborador do departamento de futebol, agravando a crise.

Cuca deixou o clube após o jogo e Mário Sérgio foi contratado. Mas ele durou apenas três partidas no time e foi demitido para o retorno de Cuca. Assim a história teria sequência.

Chororô foi o fim do Carrossel de Cuca

Túlio e Lucio Flavio ficaram marcados pelo Chororô (Foto: Reprodução TV)

Apesar dos problemas de 2007, Cuca foi mantido em 2008. O Botafogo foi à final da Taça Guanabara e perdeu de 2 a 1 para o Flamengo com novos erros de arbitragem. Cuca e os jogadores deram entrevista coletiva aos prantos após a partida. O episódio ficou conhecido como chororô.

Três dias depois, ao comemorar um gol pela Copa Libertadores, Souza fez um gesto de chororô. O fato irritou Túlio.

– Lamento que um jogador de futebol profissional tenha um comportamento deprimente como esse – disse Túlio na época.

Após a eliminação para o Corinthians, nos pênaltis, nas semifinais da Copa do Brasil, Cuca pediu demissão. Assim a era Cuca chegava ao fim sem os títulos que lhe fugiram das mãos pelos caprichos do futebol. Mas Túlio e Lucio Flavio têm agora a chance de escreverem uma nova história no Botafogo.

Você Também pode gostar