Botafogo

Técnico do Botafogo se manifesta contra retorno do futebol

Paulo Autuori, técnico do Botafogo, se manifesta contra retorno do futebol em entrevista ao programa Esporte Espetacular, da Rede Globo. Na edição deste domingo, o treinador apoiou a posição da diretoria com relação ao retorno das atividades dos clubes.

Paulo Autuori (Reprodução Tv Globo)

– Me parece uma sandice falar sobre o retorno das equipes de futebol neste momento. Falta de respeito diante de tantas mortes e sofrimentos. Demonstra uma preocupante falta de conhecimento dos responsáveis a favor dessa medida sobre a complexa rotina dos treinamentos de futebol – disse Autuori.

– Ausência de preocupação e de respeito aos profissionais, especialmente daqueles mais sacrificados, que não são jogadores nem membros da comissão técnica. Nós, profissionais, merecemos respeito – completou.

Neste domingo, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) anunciou resolução que libera os clubes para retomarem os treinos. A liberação da Ferj, entretanto, não tem respaldo do Governo do Estado. Em decreto publicado no dia 29, o governador Wilson Witzel manteve a suspensão do funcionamento o funcionamento de academias, centros de ginástica e estabelecimentos similares, que atinge os CTs dos clubes, até o dia 11 de maio.

Além do decreto estadual, a Prefeitura do Rio estabeleceu a prorrogação das medidas de isolamento social até o dia 15.

Demissões

Ao mesmo tempo em que defende a manutenção da paralisação do futebol, o Alvinegro não escapa dos impactos da crise financeira gerada pela pandemia da covid-19. O clube admite que terá de demitir funcionários.

Membro do Comitê Executivo do clube, Carlos Augusto Montenegro tenta justificar as demissões, ou parte delas, como inevitáveis. Segundo o dirigente a medida já estava na pauta por conta da transição para clube empresa.

– As demissões já aconteceriam com a separação do clube entre S/A e o social. Com a pandemia, isso piorou, acelerou. Haverá demissões. Aos que ficam, haverá aquele auxílio do governo federal, que banca parte dos salários sem mexer no valor integral. Os que ficam ganham estabilidade por alguns meses – afirmou Montenegro disse em entrevista ao “Canal do TF”.

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