O MQJ Memória desta semana volta para a década de 80. Mas a viagem será em preto e branco. O Botafogo amargava um jejum de títulos. Porém, mesmo assim conseguia montar bons times, que tinham grandes jogadores. Um exemplo disso era a presença de craques como o volante Alemão, o lateral-direito Josimar ou o meia Mendonça. Mas um jogador era o grande xodó da torcida. E ele não tinha menos talento. Era Ninimbergue dos Santos Guerra. Ou simplesmente Berg.
Berg foi descoberto pelo Botafogo após um amistosos do Glorioso com o Rio Negro de Manaus (AM). O time amazonense tinha sido campeão estadual e Berg deu uma canseira dos defensores botafoguenses. Também chamou a atenção de outros times. Mas a diretoria do clube carioca o contratou em 1983. Ele rapidamente caiu nas graças dos torcedores alvinegros. Além disso, teve seu talento reconhecido.
– O Berg era um jogador que todos gostavam de ver jogar. Era alegre com a bola nos pés. Entretanto poderia ter feito mais sucesso do que fez porque acabou se lesionando quando estava no auge da carreira – lembrou o ex-presidente do Botafogo Emil Pinheiro, falecido em 2001, em uma entrevista dada na década de 90.
Berg fazia grandes clássicos
Ao todo Berg fez 235 jogos com a camisa do Botafogo, anotando 39 gols. Boa parte deles em clássicos, onde costumava brilhar. Logo em 1983 foi a estrela em um triunfo por 3 a 0 sobre o Flamengo. Neste jogo ganhou de vez a confiança da torcida.
O jogador vinha brilhando durante a temporada de 1988, quando sofreu uma grave lesão no joelho direito e acabou tendo a carreira prejudicada. Voltou a jogar e chegou a ser campeão carioca pelo Botafogo em 1990. Porém, já era reserva nesta ocasião justamente por conta da falta de ritmo. Também integrou o elenco que foi campeão da Copa Conmebol de 1993.
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Além do Botafogo, Berg defendeu, sm grande sucesso, as camisas do Americano de Campos (RJ), do Athletico Paranaense, do Coritiba e do América-SP, onde encerrou carreira em 1996.
Berg morreu em 1996
A vida pregou uma peça no craque. Berg morreu muito cedo. Aos 33 anos, ele tinha encerrado a carreira. Entretanto, foi disputar uma pelada com amigos. Acabou sofrendo uma parada cardíaca e não resistiu. Mas, deixou na cabeça dos botafoguenses a imagem do Anjo Loiro que brilhou em campo pelo clube.
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