O ex-atacante Marinho, um dos mais importantes pontas do futebol brasileiro, morreu nesta segunda-feira por causa de uma infecção no pâncreas. Ele vinha lutando contra a doença em estava entubado há algumas semanas em um hospital de Belo Horizonte. Ele tinha 63 anos e teve a vida e a carreira marcada por polêmicas. Mas também será lembrado pelos gols e dribles que encantaram torcidas de Bangu, Botafogo, Atlético-MG, dentre outros clubes.

Marinho foi o melhor jogador do Brasileirão de 1986 (Foto: Bangu)
Marinho foi revelado pelo Atlético-MG em 1975 e no Galo foi campeão mineiro em 1976. Após uma rápida passagem pelo América_SP chegou ao Bangu em 1983 para viver os melhores anos de sua carreira. Foi considerado o melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 1985, ajudando o Bangu a ser vice-campeão em uma campanha histórica. O time de Moça Bonita perdeu a final nos pênaltis para o Coritiba.
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Os bons momentos no Bangu chamaram a atenção do técnico da Seleção Brasileira, Telê Santana, que o convocou para a pré-lista da Copa do Mundo de 1986, no México. Entretanto, foi cortado da lista final. Dizem que isso aconteceu por o então patrono do Bangu, o poderoso bicheiro Castor de Andrade, frequentava os treinos da Seleção oferecendo dinheiro a Marinho por cada gol marcado nos coletivos. Antigamente os coletivos do Brasil eram transmitidos pela TV.
Marinho viveu drama com a morte do filho

Bangu presta homenagem a Marinho (Foto: Divulgação)
Após o sucesso no Bangu se transferiu para o Botafogo em 1988. Mas aí já vinha sofrendo com problemas causados pelo excesso da vida noturna. Além disso, naquele mesmo ano viveu o momento mais triste de sua vida. Marinho concedia entrevista a uma emissora de televisão quando, a poucos metros dali, seu filho Marlon, de um ano, morria afogado na piscina. A tragédia contribuiu para Marinho nunca mais ser o jogador que encantava as torcidas.
No Botafogo, Marinho integrou, como reserva, o elenco que foi bicampeão carioca em 1989 e 1990. Voltou no ano seguinte ao Bangu em busca de retomar os bons tempos, mas não conseguiu. Rodou clubes de menor expressão até encerrar a carreira em 1996 no próprio clube de Moça Bonita. Tentou sem sucesso na carreira de treinador. Marinho foi embora deste mundo nesta segunda-feira, mas a alegria daquele ponta-direita jamais será esquecida pelos torcedores.
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