Carlos Augusto Montenegro vem liderando o Botafogo em quase todos os assuntos ligados ao futebol do clube. Membro do conselho gestor, ele tem sido a voz contra o retorno do Campeonato Carioca. Dessa maneira se coloca contra a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e os clubes de menor investimento. O Glorioso tem o Fluminense ao seu lado. Já Flamengo e Vasco defendem a entidade. A história se repete. Assim como quando presidiu o clube na década de 90, Montenegro reacende polêmica com a Ferj.
Em 1997 Montenegro já não era presidente do Botafogo. Mas militava na diretoria de José Luiz Rolim. Naquele ano brigou para que a fórmula de disputa do Campeonato Carioca não fosse a proposta pelo Vasco de Eurico Miranda. O Cruz-maltino tinha apoio da Ferj, presidida por Eduardo Viana, o famoso Caixa D´água, e dos clubes de menor investimento. Dentre eles, o Bangu, presidido por Rubens Lopes, hoje mandatário na Ferj, e Madureira, presidido até hoje por Elias Duba. O Botafogo foi campeão estadual com sobras.
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Montenegro esteve na antiga Liga
Naquele ano de 1997 Montenegro também tinha o apoio do Fluminense de Álvaro Barcelos e do Flamengo de Kléber Leite, além do America. O quarteto de clubes fundou a Liga e ameaçava disputar um campeonato em paralelo ao Estadual. Coube a Rubens Lopes conseguir a conciliação, o que começou a lançá-lo como figura influente na política do futebol carioca.
Em 1998 a Liga rompeu com a entidade. Flamengo, Botafogo, Fluminense e America protagonizaram diversos jogos de WO e o Vasco se sagrou campeão com facilidade.
Iranildo gerou a discórdia de Montenegro com Duba
Montenegro e Elias Duba se davam bem até o começo de 1996. Tanto que em 1995 a grande joia do Madureira, Iranildo, disputou e ganhou o Campeonato Brasileiro com a camisa do Botafogo. Mas em janeiro, enquanto o Alvinegro negociava a compra dos direitos federativos, Duba acabou negociando o meia com o Flamengo. Montenegro nunca perdoou o que considerou uma traição.
Os dias seguintes ao negócio foram marcados por uma revanche do botafoguense. Ele usou a sua influência junto à Pepsi, então patrocinadora do Glorioso, para que não fosse tirado do papel o projeto de iluminação do Estádio Aniceto Moscoso, do Madureira. A ideia era valorizar o parceiro que cederia a sua joia na negociação com o Botafogo. Além disso, Montenegro vetou qualquer empréstimo de atletas ao rival.
Nos dias de hoje Elias Duba cutuca o Botafogo em algumas ocasiões como quando disse que o Glorioso não quer ir a campo no Campeonato Carioca por estar praticamente eliminado.
Os anos passaram e o Botafogo segue sem aceitar algumas decisões polêmicas da Ferj. Os atores são basicamente os mesmos, salvo Eduardo Viana e Eurico Miranda, que já morreram. Infelizmente o futebol carioca continua marcado de fatos negativos. Mas com a esperança de dias melhores.
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