O folclore faz parte do futebol brasileiro. E no Botafogo muitas situações acabaram entrando para a história. Algumas delas nunca foram oficialmente confirmadas. Entretanto, acabaram incorporadas no imaginário do torcedor. São os chamados causos da história do Botafogo.
Algumas situações envolveram a possível venda de jogadores ao rival e teria tido até mesmo uma ameaça de facada.
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O MAIS QUE UM JOGO relembra algumas dessas história.
‘Causos’ da história do Botafogo
Renato Gaúcho no churrasco do Flamengo
A traumática final de 1992 para o Botafogo ficará marcada pela demissão de Renato Gaúcho, dispensado no intervalo entre os dois jogos. Isso porque, após a derrota de 3 a 0, ele foi ao churrasco de comemoração do Rubro-Negro pagar uma aposta com Gaúcho. O fato revoltou os botafoguenses e o então presidente Emil Pinheiro colocou os pertences do craque em uma bolsa e a deixou do lado de fora da sede. Renato sequer disputou o segundo jogo.
Elenco se vendeu em 1994?
O Botafogo estava com os salários atrasados. Já eliminado no Campeonato Carioca, o elenco soube no ônibus, a caminho do Maracanã, que a promessa de quitação de parte da dívida não tinha sido cumprida. Em campo se viu o Fluminense golear por 7 a 1. O ano de 1994 acabou entrando para a história neste sentido. Após a partida o então presidente Carlos Augusto Montenegro teria invadido o vestiário para agredir o lateral-esquerdo Eduardo. Até hoje alguns jogadores são acusados de terem se vendido.
“Gottardo e Sérgio Manoel, vocês vão ter que fazer gol”
O Botafogo vinha brilhando no Campeonato Brasileiro de 1995 e conquistaria o título. Mas durante a campanha os jopgadores conviveram com atrasos salariais. Wilson Gottardo e Sérgio Manoel estariam insatisfeitos com a postura de Túlio Maravilha. Eles entendiam que o ídolo deveria cobrar a diretoria. As picuinhas chegaram ao presidente Carlos Augusto Montenegro que no vestiário teria gritado: “Aqui não é Flamengo, não é bagunça não. Vocês querem que eu mande o Túlio embora eu mando, mas Gottardo e Sérgio Manoel, vocês vão ter que fazer gol”. Os ânimos acalmaram.
Facada no vestiário?
O Botafogo era o campeão brasileiro em 1996 (título conquistado em 1995) e seguia fazendo boa campanha naquele ano. Se reforçou com nomes como o volante Souza e o atacante Silas, este um rápido e driblador ponta-esquerda. Após um jogo no Caio Martins, Silas teria ameaçado com uma faca Souza e foi contido por Túlio Maravilha. O motivo teria sido o fato de a mulher do ponta ter pulado a cerca com o volante. O fato nunca foi confirmado.
Esporro do presidente após reação
O Botafogo abriu 2 a 0 no Atlético-MG durante o Campeonato Brasileiro de 1998. Mas permitiu a virada por 5 a 2 e tudo caminhava para uma goleada. Nos minutos finais, entretanto, o Glorioso reagiu e conquistou o empate. Revoltado após o quinto gol do Galo, o presidente José Luis Rolim deixou a tribuna do Mineirão e ficou no vestiário. Quando viu os jogadores felizes deu um esporro em todos.
– Que absurdo, molecagem. Comemorando um vexame desses? Mas como vocês conseguem?
Então foi advertido pelo então técnico Valdir Espinosa: “Presidente, mas gente empatou”. Rolim então mudou o time: “Vamos comemorar juntos então”.
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