O futebol brasileiro é conhecido pela frequência com que os clubes trocam de técnico. O Vasco não é exceção. Desde 2000, o clube de São Januário já teve 47 mudanças de treinador, entre interinos e efetivos.
Já contando com o novo técnico Ramon Menezes, são 34 profissionais diferentes na beira do campo. São tantos nomes que poucos serão capazes de lembrar.
De 2015 para cá, Ramon é o décimo treinador diferente a comandar a equipe. E só não é o décimo primeiro porque Jorginho teve duas passagens pelo clube no período.
O MQJ reuniu abaixo uma lista com alguns desses treinadores que, por uma ou outra razão, não conseguiram ter continuidade no Vasco:
Romário
Começamos nossa lista com a passagem relâmpago de Romário como técnico do Vasco. No final de sua carreira, o Baixinho flertou a função de treinador. Sua primeira experiência foi em 2007, quando assumiu o comando do time depois da demissão de Celso Roth. Foi por apenas um jogo, diante do América do México, pela Sul-Americana. Mesmo com a vitória por 1 a 0, e com o Baixinho atuando no segundo tempo, o Vasco foi eliminado.
No final do mesmo ano, Romário foi escolhido para comandar a equipe em 2008. Entretanto, após apenas sete jogos, pediu demissão por discordar da interferência do presidente de Eurico Miranda em seu trabalho. Depois dessa experiência, Romário desistiu de tentar a carreira de treinador.
Tita
Integrante da equipe campeã brasileira em 1989, Tita teve uma breve passagem como interino no Vasco em 2000, dois anos após encerrar a sua carreira como jogador. Foram apenas dois jogos.
Em 2008, Tita retornou na administração de Roberto Dinamite. Foi um dos cinco treinadores a comandar a equipe no ano do rebaixamento. Saiu após nove jogos com 33,33% de aproveitamento.
Vagner Mancini
Após passar o ano de 2009 na Série B, a aposta do Vasco para o retorno à elite foi Vagner Mancini. Chegou à final da Taça Guanabara invicto, mas sucumbiu diante do Botafogo. Curiosamente, o Alvinegro tinha sido batido por 6 a 0 durante a fase classificatória.
Na Taça Rio, após três derrotas seguidas, para Flamengo, Olaria e Americano, e partidas consideradas fracas pela Copa do Brasil, foi demitido. Seu retrospecto em 18 partidas foi de dez vitórias, quatro empates e quatro derrotas.
Marcelo Oliveira
Em setembro de 2012, o Vasco contratou o técnico Marcelo Oliveira para a vaga deixada por Cristóvão Borges. Em meio a uma crisa política e financeira, sua passagem durou apenas dez jogos. Com 26,66% de aproveitamento e seis derrotas consecutivas, foi dispensado.
Em 2013, o Vasco estava na Série B e Marcelo Oliveira assumiu o Cruzeiro. Na Raposa ficou por 169 jogos até junho de 2015. Conquistou o bicampeonato brasileiro em 2013 e 2014, além de faturar o campeonato mineiro.
Paulo Autuori
Torcedor confesso do Vasco, Paulo Autuori passou por São Januário em 2013. Bicampeão da Libertadores com o São Paulo (2005) e Cruzeiro (1997), e Mundial com o São Paulo (2005), foi bem aceito pela torcida. Os resultados não vieram, assim como os salários. Insatisfeito deixou o clube antes de completar quatro meses no cargo. Foram 11 jogos, com apenas quatro vitórias, dois empates e cinco derrotas, e aproveitamento, de 42%.
Adílson Batista
Com a saída de Autuori, o Vasco contratou um velho conhecido, Dorival Júnior. O comandante do título brasileiro da Série B em 2009 teve menos sorte desta vez e foi demitido em outubro.
Para seu lugar, no dia seguinte, a diretoria trouxe Adílson Batista. Com a ingrata missão de livrar a equipe de um novo rebaixamento, não conseguiu. Com experiência na Série B, foi mantido para 2014, mas caiu em agosto após uma série de maus resultados.
Milton Mendes
Em 19 de março de 2017, assinou com o Vasco da Gama, para substituir Cristóvão Borges. No mês seguinte, levou a equipe ao título da Taça Rio, segundo turno do Carioca.
Após o início promissor, teve problemas de relacionamento com o elenco e a equipe foi mal no Brasileirão. Foi demitido em agosto após 28 partidas, com 11 vitórias, seis empates e 11 derrotas. Seu aproveitamento foi de 46,4%.
Abel Braga
O sucesso de Abel Braga como zagueiro do Vasco não se repetiu como treinador. Apesar de grandes títulos em outros clubes, nunca vingou em três passagens pelo Gigante da Colina.
Sua primeira experiência à beira do campo em São Januário foi em 1995, e durou apenas dois meses. Em 2000, Abelão retornou e também ficou pouco tempo. De bom teve a conquista da Taça Guanabara e o 5 a 1 sobre o Flamengo no conhecido ‘Chocolate da Páscoa’. Deixou o clube após eliminação na Copa do Brasil para o Fluminense, em São Januário.
De volta para a temporada 2020, foi o quinto treinador a comandar o Vasco na administração do presidente Alexandre Campello. Com apenas 4 vitórias em 14 jogos, e aproveitamento de 40,5%, foi demitido no dia 16 de março, quando teve início a paralisação do futebol devido à pandemia da Covid-19. Abel também foi derrotado nos três clássicos estaduais em 2020, contra Flamengo, Botafogo e Fluminense.
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