Vasco

Relembre 10 campanhas marcantes do Vasco no Brasileirão

O Campeonato Brasileiro vai começar e as equipes estão finalizando a preparação para a estreia. O Vasco da Gama teve seu jogo da primeira rodada contra o Palmeiras adiado por conta da final do Campeonato Paulista. A estreia então só será no dia 13, contra o Sport, em São Januário.

O retrospecto recente do Vasco na competição nacional não é bom. O título não vem desde 2000 e de lá pra cá foram três rebaixamentos.

No ano passado, o Cruzmaltino teve um péssimo início na competição. Com apenas 1 ponto em cinco rodadas, a condição de lanterna fez a torcida temer por uma nova queda. Porém, com a chegada do técnico Vanderlei Luxemburgo, a equipe foi reagindo aos poucos e se livrou da ‘confusão’.

Apesar das dificuldades na tabela, a torcida não deixou de apoiar. E o bom padrão de jogo e a reação da equipe na competição fizeram com que o ano terminasse em alta.

Ídolo da torcida nos anos 90, Ramon Menezes assumiu a equipe e as expectativas são boas em São Januário. Desde a estreia do treinador após a paralisação da Covid-19, o time tem se saído bem dentro de campo e não falta disposição.

O MAIS QUE UM JOGO separou algumas campanhas marcantes do Vasco no Brasileirão. Relembre:

1974 – Primeiro título veio com polêmica

O Vasco chegou como o menos cotado no quadrangular final do Campeonato Brasileiro de 1974. Contra o Santos de Pelé, Internacional e Cruzeiro, o Cruzmaltino contou com muita raça e Roberto Dinamite para conquistar seu primeiro título nacional. Entretanto, a partida decisiva contra a Raposa a vitória por 2 a 1 foi cercada por uma grande polêmica. No final do jogo, o Cruzeiro marcou o que seria o gol de empate, mas o árbitro Armando Marques anulou o lance. O motivo da anulação não foi explicado, já que não havia impedimento nem houve falta. Os cruzeirenses reclamam daquele lance até hoje.

Time-base: Andrada; Fidelis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luis Carlos
Técnico: Mário Travaglini

1979 – Caiu na final diante do poderoso Internacional

Reprodução

O Campeonato Brasileiro de 1979 foi o último organizado pela extinta CBD, e contou com número recorde de 94 participantes. O Vasco chegou à final após eliminar o Coritiba na semifinal. Na decisão em jogos de ida e volta, o Internacional de Mauro Galvão, Batista e Falcão foi melhor e venceu no Maracanã (2 a 0) e no Beira-Rio (2 a 1).

Time-base: Leão; Orlando, Gaúcho, Ivan e Paulo César; Zé Mário, Guina e Dudu; Catinha, Roberto Dinamite e Wilsinho
Técnico: Oto Glória

1984 – Mais uma vez bateu na trave

Na edição de 1984 do Brasileiro, o Vasco mais uma vez chegou perto do título. A equipe fez uma boa campanha na competição que reuniu 40 clubes do país. Na fase final, passou por Portuguesa de Desportos e Grêmio antes de enfrentar o rival Fluminense na decisão carioca. Os dois jogos no Maracanã foram muito equilibrados e teve apenas um gol em 180 minutos. Romerito marcou o gol do título tricolor aos 23 minutos do jogo de ida.

Time-base: Roberto Costa; Edevaldo, Ivan, Daniel González e Aírton; Pires, Arturzinho e Mário (Geovani); Mauricinho (Jussiê), Roberto Dinamite e Marquinho
Técnico: Edu

1989 – Finalmente o bicampeonato

Em 1989, a competição foi batizada pela primeira vez de Campeonato Brasileiro. As equipes foram divididas em dois grupos de 11 na primeira fase, com oito avançando. Na segunda fase, os dois primeiros colocados disputariam a final em jogo único. O Vasco empatou em pontos com o Palmeiras na primeira fase e avançou em segundo. Após vencer a fase seguinte, decidiu o título contra o São Paulo, No Morumbi. Sorato fez o gol que deu a vitória e a taça para o Cruzmaltino.

Time-base: Acácio; Luiz Carlos Winck, Quiñonez, Marco Aurélio e Mazinho; Zé do Carmo, Marco Antônio Boiadeiro e Bismarck; Sorato, Bebeto e William
Técnico: Nelsinho Rosa

1997 – Tri na Era de Ouro

O Brasileiro de 1997 foi disputado por 26 clubes. Numa primeira fase com todos os participantes em turno único, o Vasco fez a melhor campanha. Os oito primeiros avançaram e foram divididos em dois grupos de quatro. Vasco e Palmeiras eram as melhores equipes do Brasil e se classificaram para a final. Marcados pelo equilíbrio, os dois jogos, em São Paulo e depois no Rio, terminaram em 0 a 0. Por ter somado mais pontos durante a fase classificatória, o Vasco conquistou o título Brasileiro pela terceira vez.

Time-base: Carlos Germano; Válber, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho, Nasa, Juninho (Pedrinho) e Ramon; Edmundo e Evair
Técnico: Antônio Lopes

2000 – Tetra com confusão na final

O Campeonato Brasileiro de 2000, batizado de Copa João Havelange, foi o maior de todos os tempos, reunindo 116 clubes de três divisões em um único torneio, dividido em quatro módulos na sua primeira fase. O Vasco foi apenas o quinto colocado na primeira fase do Módulo Azul. Porém, na fase mata-mata, eliminou Bahia, Paraná e Cruzeiro para chegar à final contra o São Caetano.

No jogo de ida, em São Paulo, empate em 1 a 1. Na volta a superlotação em São Januário fez com que o alambrado cedesse e 150 pessoas ficaram feridas. A partida foi interrompida e houve a marcação de uma nova partida, para o dia 18 de Janeiro de 2001, na qual a equipe carioca venceu por 3 x 1, levando a taça.

Time-base: Hélton; Clébson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista; Nasa, Jorginho (Henrique), Juninho Pernambucano e Juninho Paulista (Pedrinho); Euller e Romário
Técnico: Joel Santana

2008 – A primeira queda

O tetracampeão Vasco viveu um dos momentos mais dramáticos de sua história em 2008, já na era dos pontos corridos. Com o clube em ebulição política pela presidência entre Eurico Miranda e Roberto Dinamite, decidida pela Justiça, o time sucumbiu no Brasileirão.

Com apenas 11 vitórias em 37 rodadas, o Cruzmaltino chegou à última rodada precisando vencer o Vitória em São Januário e ainda torcendo por uma combinação de resultados. Nenhuma das coisas aconteceu e o time foi rebaixado.

Time-base: Rafael, Wagner Diniz, Jorge Luiz, Odvan e Johnny (Leandro Bomfim); Jonílson, Mateus (Faiolli), Madson e Alex Teixeira; Leandro Amaral e Edmundo
Técnicos: Antônio Lopes, Tita e Renato Gaúcho

2011 – Vice-campeonato e muita reclamação

(Foto: Divulgação/CRVG)

O Vasco ressurgiu em 2009 com o título da Série B e o acesso à elite. No ano seguinte, terminou o Brasileiro em 11º, mas em 2011, o título chegou perto. Com 60% de aproveitamento, o Cruzmaltino ficou a apenas dois pontos do campeão Corinthians. A competição, entretanto, foi marcada por erros de arbitragens e o Vasco foi claramente prejudicado. Um levantamento de como os erros afetaram a pontuação dos líderes mostrou que o Vasco seria o campeão com folga.

Time-base: Fernando Prass, Allan, Anderson Martins, Dedé e Márcio Careca (Ramon); Rômulo, Eduardo Costa, Felipe e Diego Souza, Alecsandro e Bernardo
Técnico: Ricardo Gomes

2013 – Segunda queda

Depois de um 5º lugar em 2012, o Vasco voltou a conviver com a ameaça do rebaixamento no ano seguinte. Após terminar o primeiro turno no meio da tabela, em 10º lugar, o rendimento caiu muito no segundo semestre. Com apenas 35% de aproveitamento, o Cruzmaltino terminou em 18º.

Na última rodada, uma briga entre os torcedores de Vasco e Atlético-PR nas arquibancadas da Arena Joinville deixou quatro feridos, e acabou por interromper a partida de ambos por mais de uma hora. O Vasco saiu de campo goleado por 5 a 1 e rebaixado pela segunda vez em sua história.

Time-base: Alessandro (Diogo Silva, Fagner, Cris (Jomar), Renato Silva e Yotún; Abuda (Sandro Silva), Wendel e Marlone; Thalles (Tenório), Pedro Ken e Edmilson (Dakson)
Técnicos: Gaúcho, Paulo Autuori, Dorival Júnior e Adílson Batista

2015 – Nem Eurico evitou o terceiro rebaixamento

Eurico Miranda (Foto: Divulgação/CRVG)

O Vasco voltou à elite em 2015, mas não conseguiu se manter. Agora sob a direção do folclórico Eurico Miranda, havia uma esperança de dias melhores na Colina, mas o enredo foi parecido com 2013 e o Vasco terminou o Brasileirão na mesma 18ª colocação. Na pior fase da história do clube, o Vasco passou dez das 19 rodadas do segundo turno na lanterna e foi rebaixado pela terceira vez em sete anos.

Time-base: Martín Silva, Madson, Luan (Rafael Vaz), Rodrigo e Christiano (Júlio César); Guiñazú (Diguinho), Serginho, Júlio dos Santos (Andrezinho) e Nenê (Marcinho); Rafael Silva (Riascos) e Jorge Henrique (Thalles)
Técnico: Jorginho


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