O Dr. Marcos Teixeira, médico do Vasco, vê pandemia na descendente no Rio de Janeiro. Segundo ele, que exerce sua atividade também em hospitais da cidade, a evolução da Covid-19 já atingiu o pico.
Em entrevista à Rádio Tupi neste domingo, Marcos Teixeira apresentou sua avaliação da situação. O ortopedista, que apesar de não lidar diretamente com a doença, trabalha em um hospital militar e um federal na região central do Rio de Janeiro. Além de presente nas instituições, tem contato permanente com outros profissionais da área.
– Nós sabemos que a pandemia ainda está assolando o Brasil e o Rio de Janeiro. Até porque a gente sabe que esses números que aparecem nos jornais é subestimado. Então temos um número de casos muito maior, aproximadamente 15 vezes maior do que o notificado. E o número de mortes também maior. Há uma sub-notificação de mortes, até pelo preenchimento dos atestados de óbito e a falta de exames disponíveis.
Curva da doença dá indícios positivos
Com a decretação da política de isolamento social pelo governo do estado, o futebol foi paralisado no meio de março. Inicialmente, as medidas tinham duração de 15 dias, mas foram sendo repetidamente prorrogadas.
O Dr. Marcos Teixeira foi um dos que previu que as atividades iriam demorar a voltar.
– Lá em março eu falei que a gente ia ficar uns três meses sem jogar futebol e isso está se confirmando – lembrou o médico.
– Eu sempre previ que esse quadro fosse piorar e realmente ele piorou. Nesses dois meses a gente viveu uma piora progressiva, e era o que se esperava. Mas agora, e até um alento pra todos nós, na minha vivência a gente vê uma clara redução no número de internações. Então hospitais que estavam se preparando pro caos, nós vemos que agora que já tem vaga no CTI, já tem vaga de internação na enfermaria – continuou.
As boas notícias já indicam que o retorno do futebol pode ser possível em breve.
– Já dá pra notar uma queda no número de internações, uma queda no número de óbitos. O que me leva a crer que estamos experimentando nesse momento o pico dessa pandemia, pelo menos aqui no Rio de Janeiro, especialmente na região central. Isso não é um relato só meu, é um relato de diversos colegas médicos.
As indicações que vem da CBF, projetam um retorno do calendário nacional do futebol entre a segunda quinzena de julho e o início de agosto. Entretanto, o fim da paralisação continua sujeito à aprovação das autoridades de saúde.
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