A ingerência política do prefeito Marcelo Crivella no Campeonato Carioca criou uma confusão ainda maior na competição. O retorno do Estadual, que foi objeto de muita discussão e desentendimento na Federação de Futebol do Rio, está suspenso. Após o adiamento dos jogos do último domingo, o Vasco não sabe mais quando jogará.
No início do mês de junho, no dia 2, a prefeitura autorizou o retorno aos treinos. Além disso, sinalizou com a liberação dos jogos sem torcida a partir do dia 17, o que foi confirmado depois. Os protocolos de segurança de treinos e jogos, elaborados pela FERJ junto com os clubes, foram apresentados e aprovados.
As equipes que disputam o Estadual haviam decidido em março, por unanimidade, que a competição retornaria tão logo fosse liberado pelas autoridades competentes. Entretanto, quando veio a liberação, Fluminense e Botafogo decidiram não treinar. E no Conselho Arbitral da FERJ, que decidiu por voto da maioria reiniciar o Carioca, foram os únicos votos contra.
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A bola voltou a rolar na última quinta-feira, com o duelo entre Bangu e Flamengo pela quarta rodada da Taça Rio. No dia seguinte, a prefeitura elogiou o protocolo de segurança utilizado no Maracanã. Ainda na sexta-feira, mais um jogo foi realizado e Portuguesa e Boavista se enfrentaram no Luso Brasileiro.
A Bomba de Crivella
No sábado, alegando a necessidade da Vigilância Sanitária inspecionar os centros de treinamento dos clubes, o prefeito paralisou o Campeonato. Após a publicação de um decreto municipal, o próprio Crivella declarou que a medida valeria apenas para Fluminense e Botafogo. Segundo ele, o decreto seria ‘ajustado’ e as demais equipes poderiam seguir com seus jogos.
O Vasco, que estava com jogo marcado contra o Macaé no domingo, decidiu adiar a partida após a TV Globo desistir da transmissão.
O prefeito então resolveu que o decreto não seria ajustado, mas que valia o que ele tinha dito. A situação gerou uma insegurança jurídica quanto a permissão para a realização das partidas.
Na segunda-feira, era esperado que a partida entre Vasco e Macaé fosse remarcada para quarta-feira à noite. A ideia era utilizar o horário de 21h30 para compatibilizar com a grade da TV Globo. Porém, em reunião com a FERJ e o Macaé, nada ficou definido.
A Federação remarcou os jogos restantes da quarta rodada da Taça Rio para os dias 26 e 27, sexta e sábado. Porém, para ter seu jogo transmitido, o Vasco precisaria jogar no domingo.
O problema é que a prefeitura criou um novo procedimento burocrático com a bola rolando. A Vigilância Sanitária vai iniciar a partir desta terça-feria uma fiscalização nos CTs dos clubes do Rio. O objetivo é verificar o cumprimento do protocolo sanitário do município. Até que se tenha o aval da Vigilância Sanitária e a liberação da prefeitura, não há como garantir a realização das partidas.
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