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Campello sobre Marrony: ‘A gente não pode desvalorizar os ativos’

A negociação entre o Vasco da Gama e o Atlético Mineiro pelos direitos do atacante Marrony chegaram a um impasse. O Cruzmaltino concordou com a proposta de 3,5 milhões de Euros, valor bem abaixo da multa rescisória de 35 milhões. Entretanto, o clube quer receber à vista, enquanto o Galo propõe o pagamento em três parcelas.

Marrony (Reprodução Youtube)

– A entrada de recursos é importante, mas a gente não pode é desvalorizar os ativos que nós temos. Se tiver que fazer alguma coisa, que seja de forma que a gente entenda que seja razoável do ponto de vista financeiro – afirmou o presidente Alexandre Campello em entrevista à ESPN Brasil.

Em grave crise financeira e salários atrasados, o Vasco precisa urgente de caixa. Campello, porém, defende que deve haver equilíbrio na negociação.

– A gente não vai liberar nossos ativos simplesmente porque estamos precisando de dinheiro. Deve existir um equilíbrio entre a necessidade de cobrir o caixa e aquilo que o atleta, que é um bem do clube, vale. Esse exercício é que a gente tem que fazer e pensar todo dia. Embora a caneta esteja na minha mão, a gente procura aqui no Vasco tomar as decisões discutindo internamente. Isso tem sido discutido, é um entendimento que a palavra final, por força do estatuto, é do presidente – disse Campello.

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Vasco não teme a Justiça

A demora na negociação irritou o estafe de Marrony, que gostou da proposta mineira e passou a cogitar a ida à Justiça para conseguir sua liberação. Por conta disso, a diretoria cruzmaltina se antecipou e quitou os débitos com o jogador.

– Entrar na Justiça é um direito de qualquer um, a Justiça está aí exatamente pra isso, pra resolver as questões aonde existe divergência. Óbvio que a lei diz que o atleta que tem mais de 90 dias de atraso tem direito de rescisão. Mas como qualquer lei, ela precisa ser interpretada. Nós estamos vivendo um momento de pandemia, com três meses que não entram recursos, alheios a nossa vontade. Estamos vivendo um momento de crise, um momento de exceção, e eu acho que o judiciário deve pesar isso. Se é que amanhã ou depois isso vai acontecer com ele ou com qualquer outro atleta, eu acho que qualquer juiz vai entender o momento e vai analisar os fatos baseado no momento atual.

Marrony, 21, foi formado nas divisões de base do Vasco e tem contrato com o clube até 2023.

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