Depois de surrado e humilhado por 5 a 1 pelo Internacional, em pleno Morumbi, em partida que estava em jogo a liderança do Brasileirão na reta final do torneio, o São Paulo dispunha, teoricamente, de todas as chances do mundo para se recuperar contra o combalido Coritiba. Um time frágil, amplamente desfalcado e lutando contra si na zona de rebaixamento. Era o cenário perfeito para uma retomada.
No entanto, o que novamente se viu no São Paulo foi um time com grandes dificuldades para encontrar o gol e também perdido em suas convicções, não levando o gol de saidinha, mas levando um empate comandado pelo veterano Ricardo Oliveira a partir de uma desorganização defensiva inexplicável para um time que luta para ser campeão.
Considerando o contexto, o resultado foi um empate catastrófico.
O jogo entre São Paulo e Coritiba aconteceu no sábado e antes mesmo das outas partidas, no domingo, era óbvio ululante que o resultado era um desastre. Quando analisado e tabulados os resultados ao final da rodada de domingo, então, a catástrofe ganha proporções ainda mais catastróficas (se assim podemos definir) para um clube que rasteja nos torneios há 12 anos em busca de um título.
Exceção ao Inter, que venceu o Grêmio em virada histórica, todos os demais na luta pelo Brasileirão perderam. Além do Tricolor Gaúcho, terminaram derrotados na rodada: Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras.
Com isso, o Inter fechou a 32ª rodada na ponta, com 62 pontos; e o São Paulo com 58. Não fosse o empate, o Tricolor Paulista estaria com 60, com números suficientes e reais e palpáveis na tabela para tentar retomar a ponta na 33ª rodada, quando enfrentará o Atlético-GO, em Goiás; enquanto o Inter receberá, em seus domínios, o Red Bull Bragantino, time que vem engrossando para os grandes nesta reta final.
Com o empate catastrófico frente ao combalido Coritiba, no Morumbi, o São Paulo, em mais um vacilo, assistiu, inerte e impotente matematicamente, o Inter abrir quatro pontos da dianteira do torneio.
Por mais louco que este Brasileirão se configure, há que se pensar que, na 34ª rodada, o São Paulo enfrentará ninguém menos que o Palmeiras. Desta forma, entre Coritiba, Atlético-GO e Palmeiras, qualquer um que pudesse escolher um adversário para uma possível retomada, o apontar do dedo seria óbvio.
Eis mais um elemento para dimensionar o catastrófico empate contra o Coritiba no Morumbi…
Além das dificuldades visíveis do time, outra grande interrogação que se projeta nas mentes tricolores é: – Seria capaz Diniz de arrancar um algo mais desse time nessa reta final, meio em clima de fim de feira no Tricolor?
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