Hoje com 45 anos, Marco Caterini vai amargar uma pena de um ano e seis meses de pisão na Itália. Um trágico momento que ninguém poderia imaginar que ele viveria no começo dos anos 90, quando figurou como numa das maiores pomessas das categorias de base da Roma. Essa é a história de hoje do MQJ Memóia.
O ano era 1993, aos 16 anos Marco Caterini era visto nos corredores da Roma ao lado de um dos seus amigos de elenco, o então atacante titular do time juvenil, Francesco Totti. O jovem e pomissor goleiro vivia um momento mágico.
A conquista do Scudetto, da Copa da Itália e do Torneio Internacional de Paris, todos nas categorias de base, o fizeram ser lembrado para a seleção italiana de juniores. Caterini então venceu a disputa com o outro arqueiro da Azzurra, um tal de Buffon. Bilhou na campanha que culminou com o vice-campeonato europeu sub-16.
Tudo indicava que ele chegaria ao auge. Mas uma séria lesão o afastou de ser lançado no time principal. Quando melhorou o temperamento entrou em cena. Se revoltou com a possibilidade de ser cedido por empréstimo ao Tricase de Puglia, então na Serie D do futebol italiano. Rescindiu contrato e, desgostoso, encerrou carreira.
Vida normal após fim da carreira
Ao longo dos anos seguintes ele manteve uma vida normal. O ex-jogador decidiu seguir no ramo de seguros e se tornou um vendedor na área. Não faturava tanto quanto poderia ganhar como goleiro, mas mesmo assim conseguia se manter.
Aos poucos foi se sentido frustrado pela vida que deixou de ter, como mostra o documentário “Zero a Zero”, do cineasta Paolo Geremei. A produção mostra o desfecho dass principais promessas das categorias de base da Roma que não vingaram.
De todas elas, nenhuma teve o desfecho mais trágico do que o de Caterini. O ex-goleiro acabou ingressando no mundo do crime, impulsionado pelo vício da cocaína.
Do tráfico para a prisão
Cada vez mais sem conseguir vender seguros por conta do vício, Caterini se viu tendo que buscar outras alternativas para manter o vício das cocaína. Foi quando passou a vender o próprio produto.
-Me mudei para os bairros de traficantes de Roma, como San Basilio, Tor Bella Monaca, Quarticciolo, e como consumidor regular acabei vendendo. Traficava com as doses mínimas necessárias para poder pagar o meu próprio vício – disse ele.
Em junho do ano passado a Polícia da Itália deu uma batida no local e o ex-jogador acabou sendo flagrado. Tentou fugir, caiu e acabou entrando em disputa corporal com os policiais. Conseguiu escapar, mas na fuga deixou cair a carteira de identidade. Era a senha para a Polícia prendê-lo pouco tempo depois.
-Naquele momento eu estava em estado de alteração … instintivamente tive a reação de fugir. Na fuga tropecei várias vezes até me encontrar no chão, nesse momento agarraram-me mas lutei, aos trancos, para conseguir libertar-me e fugi. Quando percebi que já não me perseguiam parei. Mas havia perdido minha carteira com meus documentos, então isso provavelmente foi o suficiente para me identificar – disse ele.
Na última quarta-feira o goleiro foi julgado e condenado a um ano e seis meses de prisão. Vai cumprir a pena na capital italiana. Quando sair deseja tentar defender o time de masters da Roma. Será que é possível?
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